Beirada nipônica

Já deveria estar acostumado

20 abr 2016 às 09:18

Mais um terremoto, e pronto... o tempo parou novamente.
Foi de madrugada, pouco antes das duas, quando a grande maioria ainda dormia.
Quem teve sorte e agilidade, teve tempo de sair correndo. No deslizamento da montanha, nada valeu porque a terra veio pesada. Nenhuma qualidade fisica seria suficiente para suportar tanto peso, tanta rapidez.
São mais de 47 mortes e um monte de desaparecidos. Cem mil pessoas alojadas provisóriamente em ginásios esportivos e outros espaços comunitários. Uma multidão de pessoas dividindo locais apertados, sem conseguirem descansar o suficiente, e agora, depois de uma semana, o cansaço e outros problemas fisicos e emocionais começam a vir à tona.
Uma mulher que por preferir "viver" dentro do próprio carro, teve uma trombose, e mesmo socorrida não suportou e veio a falecer. Quer dizer, se livrou de ser soterrada, mas morreu do mesmo jeito. Vida estranha essa.
Outra moradora teve a casa parcialmente destruída, voltou para buscar cobertores quando um novo abalo desintegrou a moradia.
A maioria das estradas está intransitável, pontes ruíram e um alojamento de universitários veio ao chão. Já encontraram dois jovens embaixo dos escombros, ambos na faixa dos vinte e poucos anos.
A prefeitura da cidade teve os dois últimos andarares completamente destruidos, mas o térreo não teve, sequer, um vidro quebrado. Teve uma familia que se livrou de ser engolido por uma enorme cratera que se abriu ao lado da casa onde moravam. Com o susto do barulho, saíram correndo sem nada nas mãos. No outro dia, ao voltarem para buscarem alguns pertences, a casa já não estava mais lá. Vida estranha essa.
Criticas também começam a chegar, pois falta de alimentos, água e produtos de higiene. A demora do governo agir por causa da burocracia, fez com que grandes empresa particulares passassem imediatamente a doar os produtos em falta com a ajuda de voluntários, quase todos alunos da universidade de Kumamoto.
Ate agora foram mais de 300 terremotos subsequentes, deixando a população insegura e sem ação.
As províncias de Oita e Kumamoto foram as mais atingidas. Empresas como Nissan, Toyota e Honda, que possuem fábricas na região, já suspenderam a produção. A economia da região parou, e será preciso recomeçar.
O governo diz que a tragédia terá um custo de aproximadamente 10 bilhões de dólares.
Vamos ver no que isso vai dar.

Terremoto em Kumamoto


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