Brasileiros começaram a chegar em massa por volta de 1990 e se espalharam pela ilha. O trabalho eram as fábricas e os ganhos suficientes para tentar uma vida confortável quando do retorno à cidade de origem. Muitos adquiriram casas, apartamentos, sítios, lojas ou montaram o negócio próprio.
Para alguns, o Japão foi como uma xarope viciante que quando ingerido deixavam um grande rastro de alucinação onde o viciado se sentia, veja bem, seguro com um trabalho temporário, dono do nariz por não precisar dar satisfações sobres seus atos libertinos, protegido por trás da ignorância de não conhecer leis nem as regras do país, invisível perante a sociedade por ser estrangeiro e achar que não necessitaria participar da construção dos valores da sociedade. Enfim, estava presente mas se achava invisível.
Atrás desse sentimento "garparzinho" cometeram roubos, crimes, estelionatos, assassinatos e se achavam imunes. Descobertos, alguns fugiram para onde cantam os sabiás, mas outros se escoram atrás da cortina dos conterrâneos trabalhadores sem levantar suspeitas.
O cerco foi fechando e aí começaram a pipocar notícias de que fulano foi preso, ciclano estava sendo procurado.
Recentemente lí uma notícia de que dois desses espertalhões foram capturados no Brasil por terem assassinado um japonês a mando da máfia. Marcelo Cristian Gomes Fukuda e Cristiano Ito fizeram o serviço sujo, receberam 3 milhões de ienes cada um, embarcando em seguida para Campinas e Mogi das Cruzes, cidades do interior de São Paulo. Outro tupiniquim foi Osmar de Souza Prado que integrava uma quadrilha que roubavam carros para revendê-los aos iranianos e paquistaneses. Está sendo acusado de 200 roubos!
Agora o que fez o nosso amigo Teófilo de Campos Neto foi de uma burrice sem tamanho. Se fazendo passar por japonês, ele ateou fogo em vários carros, todos de estrangeiros e ainda deixou bilhetes em inglês pedindo que os estrangeiros fossem embora do Japão. Todo esse teatro para tentar enganar a polícia. As razões para o crime ainda não foram totalmente esclarecidos, mas sei que ele irá passar um bom tempo atrás das grades e depois será deportado. Que futuro promissor para alguém que resolveu tentar a vida lá fora, não é mesmo?
Não sei se chamo tudo isso de loucura ou burrice. O que sei é que essa história não terminou bem para ninguém. Os malandros foram para trás das grades e os brasileiros honestos passaram a carregar uma mancha perante a sociedade japonesa.
E depois dizem que o louco sou eu.
Balado do louco