Educação, tapete vermelho e serenidade marcaram o jogo final da Copa do Imperador.
Enquanto em muitos lugares, principalmente onde é verão, o pessoal saia para ver os fogos de artifícios e comemorar vestido de branco, aqui deste lado à bola corria solta. O frio por volta dos sete graus, vento e o gramado gelado, não inibiram os torcedores que lotaram o Estádio Nacional de Tokyo.
A Copa do Imperador é o mais antigo evento futebolístico do Japão, e, portanto, muito comemorado e nobre. Sempre disputado no primeiro dia do ano, seu campeão assegura uma vaga na Liga dos Campeões da Ásia (ACL) que será disputado no decorrer deste ano. O vencedor será o representante no Mundial Interclubes da FIFA.
Depois de muitos jogos eliminatórios, chegaram para o jogo final o Gamba Osaka da Panasonic e o Kashiwa Reysol da Hitachi.
A partida tinha algumas peculiaridades porque o Gamba e o Reysol já haviam disputado uma final semelhante em 2009, vencida pelo pessoal de Osaka, só que desta vez tudo indicava que as coisas seriam diferentes, porque o Gamba foi rebaixado e o Reysol estava numa ascendente.
O resultado foi 1x0 para o Kashiwa, pode ser considerado normal, apesar do domínio territorial do adversário e muito lance de perigo. O time é treinado pelo brasileiro Nelsinho (campeão brasileiro com o Corinthians em 90) e têm sem eu elenco os jogadores Jorge Vagner e Leandro Domingues, além do treinador de goleiros Sidmar.
Achei bastante interessante a festa e as homenagens para os vencedores. Tapete vermelho para os atletas que recebem suas medalhas na Tribuna de Honra e depois festa no gramado. Legal também é o clima amistoso entre todos, inclusive o adversário, e muita serenidade na hora de comemorar. Nada de quebra-quebra, provocações, escândalos.
Nessa hora eu admiro o futebol japonês e toda a sua educação.
Copa do Imperador 2013