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O meu resumo do Japão de 2016

01 jan 2017 às 10:43
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Tenho certeza de que 2016 foi melhor do que os outros anos. Pelo menos é assim que me esforço para pensar, senão as coisas ficam complicadas.
Pensar que o antes foi melhor do que aquilo que virá pode nos paralisar.
O Japão passou novamente por algumas provas de sobrevivência. O terremoto em Kumamoto foi forte, e os universitários que morreram soterrados ficam na memória.
Vários tremores aconteceram também em Iwate, Fukushima e Tottori. Abalos que nos deixam em alerta para o que poderá vir. Não temos defesas contra os contratempos da natureza, mas vamos tentando manter a calma.
Shinzo Abe, primeiro ministro, adiou o aumento do imposto sobre o consumo, pediu às empresas que aumentem os salários dos funcionários, tentando fazerem com que gastem mais. Não deu certo. O pessoal que ganhou aumento, passou a poupar ainda mais.
Solicitou que as empresas liberassem os trabalhadores sem horas extras, para que aumente o tempo de lazer. Não deu certo também. Aqui todos só querem trabalhar. Família, filhos e relacionamentos não fazem a cabeça dos japoneses.
O Kashima Antlers, foi campeão da J.League One. Participou do Mundial Interclubes de Futebol, e disputou de igual para igual o jogo final contra o Real Madrid. Foi diferente na maneira como encarou o jogo. Não teve receio de enfrentar uma das equipes mais fortes do mundo. Perdeu, é verdade, foi na prorrogação, mas mostrou acima de tudo uma coisa pouco vista por esses lados: espírito de competição. Venceu neste dia primeiro de janeiro, a Copa do Imperador. Provou que é a melhor equipe do momento.
Teve início também a liga profissional de basquete. No conceito, algo parecido com a NBA americana. Até as meninas que ficam dançando nos intervalos é semelhante. Para cá, vieram uns grandalhões americanos e muitos treinadores da terra do Tio Sam.
Nasceram menos crianças novamente, e o aumento dos idosos segue firme. O número de pessoas acima dos 65 anos já chegou a quase 30% da população que é de 127 milhões. Dessa maneira o previdência social entrará em colápso daqui uns quinze anos. Novas filiais de restaurantes, lojas de conveniências e outros setores de serviços não podem funcionar por falta de mão de obra. Para piorar, a população é contra a imigração de estrangeiros. Temem o aumento da violência e a quebra da homogeneidade da população. Já pensou um chinês casando com uma japonesa?
Por isso, o país investe pesado na criação de robôs que possam fazer o papel de enfermeiros e acompanhantes. Nesse aspecto, estão bem avançados.
Ao contrário, as relações humanas estão na descendente, é que ninguém quer saber um do outro. O número de solteiros aumenta a cada mês, pois eles dizem que namorar dá trabalho e muitos queram passar longe de um casamento. Não se sentem seguros nos seus empregos e dizem ganhar pouco para constituir uma família. Especialistas dizem que essa desculpa é apenas falta de maturidade dos jovens e um pouco de covardia.
Independente do que acontecerá, um dia virá após o outro, e não podemos fugir das responsabilidades. Em terras nipônicas, eu continuo brasileiro.

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