Dias desses em Tóquio fui com uma galera conversar sobre futebol. Traçar aqueles planos meio malucos que fazemos todo final de ano, falar sobre aquela jogada, aquele gol e um pouco de fofoca também.
Como em toda churrascaria aqui no Japão um conjunto canta para seus clientes. A grande maioria canta sambas antigos, músicas de carnaval e alguns pagodes que agitam os pessoal, deixam-os com os pés irriquietos como que querendo levantar da mesa e sacudir o corpo.
Para falar a verdade já estou meio que acostumado com tudo isso, mas o público japonês, não. E banda brasileira cantando samba é motivo de alegria e curiosidade.
Já com o estômago cheio e a conversa descambando para as brincadeiras e gozações, notei que o conjunto que animava o local tinha alguma coisa de diferente e lógicamente fui avisado de que os músico são japoneses nativos, daqueles que gostam de sushis, wasabis e comem pouca carne.
Aí me dei conta, novamente devo adiantar, de que o Brasil é o país do momento. Onde é que se vá, tem lá uma grupinho de verde amarelo, músicos se matando para pronunciar corretamente, tomando uma canseira do pandeiro e tamborim. Um pessoal esforçado como todo bom japonês. O problema é que as vezes eles nos surpreendem, nos encantam.
Dá uma olhadinha nesse conjunto. Não tem nenhum brasileiro!