Londres para os japoneses tem sido de muita surpresa. A falta de um ouro no judô masculino é uma delas, mas outras novidades aconteceram. Depois de quarenta e oito anos Ryota Murata ganhou um ouro para o boxe na categoria até 75 kg. As meninas do vôlei ficaram com o bronze que não ganhavam desde as Olimpíadas de Los Angeles em 1984. O futebol quase chegou lá. Perdeu para a Coréia do Sul pela disputa do terceiro lugar e se tivessem vencido teriam quebrados quarenta e quatro anos sem medalhas. Mas como no esporte não existe o "se", o jeito é ter aquela paciência oriental para tentar a sorte no Rio de Janeiro em 2016.
As meninas do tênis de mesa fizeram bonito. Na final perderam para a China. Foi a primeira vez que conseguem uma prata. No badminton de duplas feminina, também foi um prata e essa foi realmente uma bela surpresa. Na luta greco-romana teve medalhas, no wrestling e na canoagem também. No arremesso de martelo teve um bronze, no lançamento de dardo não teve nada, mas o pessoal vê surgir um novo atleta que quase chegou lá.
As meninas do "Nadeshisko Japan" perderam para os Estados Unidos, choraram, mas depois ficaram satisfeitas com o vice, pois é a primeira vez que conseguem chegar às finais de uma Olimpíada.
Por enquanto foram 37 medalhas nos mais variados esportes e acho que, aos poucos, o país está entendendo que para ser uma potência esportiva, as crianças precisam ter oportunidades em várias modalidades. Nesse quesito o país está indo bem, pois estão surgindo ídolos para a garotada seguir. Mesmo com medalhas ou "quase" com medalhas, o público está conseguindo distinguir o esforço e a dedicação dos atletas e isso é um incentivo extraordinário para as futuras gerações. É bom que eles saibam que para pendurar uma medalha no pescoço precisarão sonhar, buscar, treinar e abrir mão de uma série de coisas tão comuns aos não atletas. É a esperança brotando e novos ídolos nascendo.

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