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ARROZ AMARGO

06 nov 2014 às 06:23

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- Divulgação
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Quando se fala em Neorrealismo Italiano, os primeiros nomes que surgem são Roberto Rossellini, Luchino Visconti e Vittorio De Sica. Nada mais natural, afinal, os filmes mais representativos deste importante movimento cinematográfico foram dirigidos por eles. No entanto, existe um outro diretor, tão importante quanto, e pouco lembrado: Giuseppe De Santis, que escreveu (junto com Carlo Lizzani e Gianni Puccini) e dirigiu, em 1949, este clássico neorrealista, Arroz Amargo. Como se não bastasse a mistura que o filme propõe entre drama social e melodrama romântico, ainda nos revelou a bela Silvana Mangano, grande mito sexual do cinema feito após o fim da Segunda Guerra Mundial. A história retrata a difícil vida dos plantadores de arroz que trabalham em condições sub-humanas no Vale do Pó, na região norte da Itália. Misturar gêneros é algo que requer muita precisão. Nem sempre se consegue um equilíbrio perfeito. Isto é visível em Arroz Amargo. O drama vivido pelas mulheres que trabalham em regime quase escravo é retratado de maneira poderosa. Já o lado romântico fica a dever uma profundidade maior. Uma curiosidade: Silvana Mangano usa a própria voz apenas nas cenas em que canta. Quando fala, ela é dublada pela atriz Lydia Simoneschi.

ARROZ AMARGO (Riso Amaro - Itália 1949). Direção: Giuseppe De Santis. Elenco: Silvana Mangano, Vittorio Gassman, Raf Vallone, Doris Dowling, Checco Rissone e Nico Pepe. Duração: 104 minutos. Distribuição: Versátil.

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