Em uma época onde as adaptações de história em quadrinhos não eram ainda tão populares, a Fox decidiu transpor para a telona as aventuras do guerreiro cimério criado por Robert E. Howard. Antes de chegar aos cinemas, Conan, o Bárbaro, percorreu um longo caminho. Ele apareceu pela primeira vez em uma séries de contos publicados nos anos 1930. A Marvel Comics adaptou aquelas histórias para os quadrinhos a partir da primeira metade da década de 1970, o que fez com que o projeto de um filme surgisse. O roteiro foi escrito pelo próprio diretor, John Milius, junto com Oliver Stone. A ação se passa na Era Hiboriana, um período anterior ao da grande catástrofe que destruiu a Terra e a faz "renascer" como a conhecemos hoje. Conan, interpretando pelo então pouco conhecido fisiculturista austríaco Arnold Schwarzenegger, é um filme de origem e de vingança. Acompanhamos nosso herói desde sua infância até a fase adulta, quando ele parte em busca de Thulsa Doom (James Earl Jones), o homem que destruiu sua aldeia e matou seus pais. Milius é um diretor de natureza, digamos assim, bélica. Ele sabe, como poucos, lidar com temas violentos. E seu Conan, o Bárbaro não foge disso e possui todos os elementos para agradar aos fãs do gênero. O enorme sucesso obtido por este filme gerou uma continuação bem fraca, Conan, o Destruidor, de 1984, e um derivado mais fraco ainda, Guerreiros de Fogo, de 1985. Em 2011 foi produzida uma refilmagem com o mesmo título que dividiu opiniões e há a promessa de Schwarzenegger retornar ao papel em Rei Conan.
CONAN, O BÁRBARO (Conan, the Barberian - EUA 1982). Direção: John Milius. Elenco: Arnold Schwarzenegger, James Earl Jones, Max Von Sydow, Sandahl Bergman, Cassandra Gaviola, Gerry Lopez e Mako. Duração: 129 minutos. Distribuição: Fox.