Se você é fã de Fuga das Galinhas, animação do estúdio Aardman feita no ano 2000, saiba que ela teve como inspiração Fugindo do Inferno, dirigido por John Sturges, em 1963, e este Inferno nº 17, que Billy Wilder dirigiu dez anos antes. O roteiro, do próprio Wilder, junto com Edwin Blum, se baseia na peça escrita por Donald Bevan e Edmund Trzcinski e se passa dentro de um quartel alemão na Segunda Guerra Mundial. Lá estão detidos prisioneiros aliados. Um deles, Sefton (William Holden), negocia alguns privilégios ao mesmo tempo em planeja fugir do lugar com seus companheiros de cativeiro. Após a morte de dois fugitivos americanos, a suspeita da existência de um espião se confirma e Sefton, por conta de suas negociações com os nazistas, se torna o principal suspeito. Há em Inferno nº 17 um fator que não costumava fazer parte dos filmes de guerra: o humor. Mas, em se tratando de um filme de Billy Wilder, o humor se manifesta de maneira ácida, seca e irônica. E não seria diferente. Além do roteiro criativo e da direção precisa, temos um elenco que se destaca por inteiro. Em especial, William Holden, que havia trabalhado com Wilder em Crepúsculo dos Deuses e ganhou o Oscar de ator pelo papel de Sefton.
INFERNO Nº 17 (Stalag 17 – EUA 1953). Direção: Billy Wilder. Elenco: William Holden, Don Taylor, Otto Preminger, Robert Strauss, Harvey Lembeck, Richard Erdman e Peter Graves. Duração: 120 minutos. Distribuição: Paramount.