1939 é considerado o ano de ouro de Hollywood. Naqueles doze meses foram lançados filmes que se tornam referência e permanecem até hoje como ícones cinematográficos absolutos. Dois deles foram dirigidos pela mesma pessoa: Victor Fleming. Em dezembro foi lançado E o Vento Levou e, um pouco antes, em agosto, este O Mágico de Oz. Ambos produções da Metro Goldwyn Mayer e, na verdade, obras de estúdio. Mesmo Fleming tendo assinado como diretor, apenas finalizou o filme, que teve outros quatro antes dele: George Cukor, Mervyn LeRoy, Norman Taurog e King Vidor. O mesmo aconteceu com a outra produção da Metro que ele assinou. Mas isso é outra história. O Mágico de Oz é uma adaptação do clássico livro de L. Frank Baum, com roteiro escrito por Noel Langley, Florence Ryerson e Edgar Allan Woolf. Tudo começa em uma pequena fazenda do Kansas, onde a menina Dorothy (Judy Garland), vive com seus tios (Charles Grapewin e Clara Blandick) e vive protegendo seu cachorro Totó da perversa senhora Gulch (Margaret Hamilton). Certo dia, um ciclone a leva até a terra de Oz. Ela quer voltar para casa e precisa seguir pela estrada de tijolos amarelos para pedir ajuda ao mágico do título. No caminho, Dorothy encontra o Espantalho (Ray Bolger), o Homem de Lata (Jack ) e o Leão (Bert Lahr). Cada um deles anseia por algo e juntos continuam a viagem. O Mágico de Oz nos apresenta cenários delirantes, realçados por cores quentes e fortes quando estamos em Oz, em contraste com tons sépias da fazenda. As músicas "grudam" em nossos ouvidos e foram premiadas com o Oscar. Ao final, fica a grande lição: não existe lugar como nossa casa.
O MÁGICO DE OZ (The Wizard of Oz - EUA 1939). Direção: Victor Fleming. Elenco: Judy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger, Bert Lahr Jr., Jack Haley, Margaret Hamilton, Charley Grapewin, Clara Blandick e Billie Burke. Duração: 115 minutos. Distribuição: Warner.