Quando o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry publicou sua obra-prima, O Pequeno Príncipe, em 1943, ele não imaginou que seu romance se tornasse algo muito maior que um livro infantil. Citado como livro de cabeceira por onze entre dez misses, a história do aviador que após cair em um deserto, encontra um principezinho que o conduz por jornada filosófica de autoconhecimento. Até hoje, existia uma adaptação cinematográfica feita em 1974 por Stanley Donen. Agora, temos esta versão animada, dirigida por Mark Orborne, que antes havia realizado Kung Fu Panda e o primeiro filme do Bob Esponja. O roteiro, escrito por Irena Brignull e Bob Persicheti, se baseia no material original, porém, insere alguns elementos novos. Na verdade, temos agora duas histórias: Primeiro, a de uma garotinha e sua relação com uma mãe obcecada por controle. E, então, a amizade que a garotinha inicia com um velho aviador que mora na casa ao lado e lhe fala sobre um encontro inusitado que ele teve em um deserto quando era mais jovem. A decisão do diretor e dos roteiristas de criar uma trama nova e misturá-la com aquela já conhecida foi extremamente acertada. Além da bela animação, o roteiro ganhou em agilidade e frescor. Esta versão de O Pequeno Príncipe respeita o material original e nos cativa ainda mais com a subtrama que é adicionada. E o faz de uma maneira muito responsável.
O PEQUENO PRÍNCIPE (Le Petit Prince - França 2015). Direção: Mark Osborne. Animação. Duração: 108 minutos. Distribuição: Paris Filmes.