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SIMÃO DO DESERTO

18 mar 2018 às 19:05

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O cineasta espanhol Luis Buñuel estudou com o pintor Salvador Dalí e junto com ele fez Um Cão Andaluz, em 1928, filme-marco do surrealismo no cinema. Dono de uma extensa e bastante peculiar filmografia, Buñuel realizou obras impactantes em diversos países. Da Espanha, foi para os Estados Unidos. De lá, morou no México por 20 anos. Depois, foi a vez da França e, por fim, voltou para a Espanha e mais uma vez, o México, onde faleceu. Simão do Deserto foi o vigésimo e último filme de sua fase mexicana. Com roteiro escrito por ele próprio, junto com Julio Alejandro, conta a história de Simão (Claudio Brook), um homem de fé inabalável que, para ficar mais perto de Deus, se isola em uma alta coluna no meio do deserto. O diabo, na forma de uma sedutora mulher (Silvia Pinal), não para de provocá-lo e tentá-lo a abandonar seu intento. Buñuel, com sua costumeira ironia, brinca com o fanatismo religioso e alguns dogmas da igreja católica. Com apenas 45 minutos de duração, na verdade, trata-se de um média-metragem. A produção foi reduzida por conta de falta de dinheiro, o que fez com que Buñuel "cortasse" seu filme quase pela metade. Simão do Deserto, apesar disso, é mais consistente e profundo em sua abordagem do que muitos filmes de maior duração que terminam se perdendo no discurso que mostram. Isso não acontece aqui. Buñuel vai direto ao ponto com imagens fortes e diálogos mais fortes ainda. Coisa de mestre. Simples assim.

SIMÃO DO DESERTO (Simón del Desierto – México 1965). Direção: Luis Buñuel. Elenco: Claudio Brook, Silvia Pinal, Enrique Álvarez Félix, Hortensia Santoveña e Francisco Reiguera. Duração: 45 minutos. Distribuição: Versátil.

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