Existem filmes que são grandes, mas, por razões inexplicáveis, não recebem a atenção devida. É o caso do faroeste Sol Vermelho, de 1971. O simples fato de ser uma produção francesa, dirigida por um inglês, com elenco multinacional, rodada na Espanha e inspirada no western spaghetti italiano já justificariam a conferida. O roteiro, escrito por Denne Bart Petitclerc, William Roberts e Lawrence Roman, é uma adaptação do livro de mesmo nome de autoria de Laird Koenig. A história se passa no ano de 1870, no estado do Arizona, nos Estados Unidos. Tudo começa quando Link (Charles Bronson) e seu parceiro de crime, Gauche (Alain Delon) resolvem assaltar um trem. Nele está um embaixador japonês que carrega uma valiosa espada para ser entregue ao presidente. Gauche rouba a espada, mata um dos seguranças e trai o amigo. Agora, Link precisa se unir ao samurai Kuroda (Toshiro Mifune) para se vingar e recuperar a espada. O diretor Terence Young vinha da experiência de ter dirigido três filmes de James Bond e imprime aqui um ritmo incomum ao gênero de aventuras no velho oeste. A combinação entre um pistoleiro e um samurai funciona muito bem e dá um charme todo especial à ação. Aí eu pergunto: se ainda não o viu, não sabe o que está perdendo.
SOL VERMELHO (Soleil Rouge - França/Itália/Espanha 1971). Direção: Terence Young. Elenco: Charles Bronson, Alain Delon, Toshiro Mifune, Ursula Andress, Capucine, Anthony Dawson e Luc Merenda. Duração: 112 minutos. Distribuição: Continental.