40°
A velha caduca,
o filho louco
e a tia metida a besta,
a poetisa e a pintora.
Entre conversas
desconexas os três resolvem
montar atelier de artes.
Pode?
Não.
Mas... montaram.
Aprendiz?
Nenhum.
A velha era sábia,
infinitamente, sábia.
Isso chateia.
O maluco vivia "misturbando" tintas,
inconvenientemente, nu.
A tia metida a intelectual,
não se contentava com
o que escrevia e, muito menos
com as pinturas que fazia.
Tudo eram merdas!
Crítica inveterada,
criticava as próprias críticas.
Não perdoava os: "Boa tarde a todos"
e os " este é um projeto"...
Ela dizia: "Até criança de escola faz projeto".
Ela deixou a vida projeta-la.
Ah! O atelier de artes?
Foi sonho derretido no verão
do ano de 2.014.
Elieder Correa da Silva.
00h40 -29/1/2.014