Quando as portas se abriram
eu já estava preparado;
estava morto, de medo;
já me sentia empurrado.
O tempo estava nublado
de descaminhos no ar.
Havia um eu desgarrado,
empurrado a desgarrar.
Foi estranho como aquilo
engolfava-me a garganta
a desandar-me a chorar.
Então, fecharam-se as portas
e nada, agora, me espanta:
desaprendi a ficar.
Quem é Marco Antonio de Araújo Bueno?
Ele responde:
Leciono gramática para sétimas séries do Ensino Fundamental em escolas públicas, por conta do meu desejo nomeado (sou psicanalista de escola francesa - J.Lacan) e não pelo meu mestrado em Metodologia do Ensino (Unicamp/1990) ou licenciatura plena em psicologia (Pucamp/1978). Sou ficcionista (também de 'sci-fi' - Projeto Portal etc. e "Novembro/3001", no prelo) e contista/poeta/blogueiro literário que toca o coletivo www.e-chaleira.blogspot.com.
Meu segundo doutorado resultou na tese (qualificada e não levada à defesa, por bravata):"Brevidade e Epifania na Micronarrativa Contemporânea". Publiquei "Tive um Sonho Estranho" (ETD/ 2006-Unicamp; Ensaio) e "Brevidades ao Ponto"(contos; Ed. Books/2008), além dos ensaios psinalítico-literários que estão nos arquivos do De Chaleira (em formato pdf). Moro em Campinas e sou pai do Rodrigo. Alérgico a frutos do mar, adoro café.