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Neyd Montingelli - a trajetória de uma escritora

14 jan 2015 às 21:13

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Neyd Montingelli já participou de 18 antologias e é autora, entre outras obras, de "Memórias de um caixa do Caixa" e "Nuvens com zíper" da editora Instituto Memória, é membro da Academia de Letras de Araraquara. Vamos conhecer um pouco de sua trajetória na área literária.


Quando começou a escrever textos literários?
Quando eu trabalhava na Caixa Econômica Federal tinha o costume de anotar em qualquer papel que encontrava, as divertidas ocorrências do dia. Episódios engraçados que envolviam colegas, chefes e clientes. Anotava e avisava meus colegas que quando eu me aposentasse iria escrever um livro com aquelas histórias tão pitorescas do dia a dia de um caixa executivo. Eles riam e contribuíam com as suas vivências. Durante anos guardei aquelas anotações em um grande envelope. Eu também escrevia em um caderno as histórias da família e alguns contos, mas nunca mostrei para ninguém até lançar o meu primeiro livro.

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Houve algum fato que motivou seu desejo de ser escritora?
R- Minha mãe foi a responsável. Quando eu era pequena ela comprava revistas e livros de contos policiais e incentivava-me a ler e a comentar sobre eles. Dizia que quando se aposentasse seria escritora de romances deste gênero e já tinha um personagem idealizado para desvendar todos os mistérios e crimes. Seria o Sebastian, um gordo e esperto detetive. Bem, minha mãe faleceu e eu assumi a promessa. Embora ainda não tenha dado um emprego ao personagem dela, estou na estrada dos contos e a história do Sebastian está no meu computador sendo construída.

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Como foi o caminho que você seguiu para publicar o primeiro livro?
R- Meu primeiro livro foi `Culinária com produtos caprinos`, um livro sobre o tempo que eu tive uma criação de cabras e um Laticínio. Eu achei que era só escrever e enviar a uma editora que eles iriam adorar o meu livro, editar e colocar em todas as livrarias do Brasil. Não é bem assim. O tema era diferente, mas até saber da aceitação é outra história. Mandei o arquivo para muitas editoras em vários estados e a resposta era sempre a mesma: `o tema não interessa; não trabalhamos com esse tema; nossa área é outra, etc. Eu não desisti e muitos meses e muita negociação depois, consegui uma editora no Rio Grande do Sul que fez a edição e distribuição lá no estado, sem custos.

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Neyd, você transita por vários gêneros: conto, crônica, poesia. Em qual deles você se expressa com maior facilidade?
R- Eu gosto de escrever contos. Gosto de construir os personagens, o cenário, a trama. Dar vida à situação, aos diálogos e que eles sejam semelhantes à realidade. Identifico-me com contos por serem longos o suficiente para o desenrolar da trama e curtos na medida para não deixar a leitura enfadonha. Gosto também de escrever histórias familiares que transformo em contos para ficarem mais agradáveis na leitura, como um encontro de parentes, onde sempre tem um que conta um causo com muita dramatização e detalhes.


Como nascem os personagens? Da vida real, de outros textos, são só imaginários? Fale um pouco sobre a construção de personagens.
R- Há anos acontece isso comigo. Acordo com uma história na cabeça e os personagens ficam a minha volta o dia todo, como fantasmas, me perseguindo. Nada malévolo. Apenas eles ficam ali, acompanhando os meus afazeres. Enquanto eu não coloco no papel o início do conto, eles não desgrudam de mim. Às vezes eu demoro para começar a escrever, pois tenho uma mania (todo escritor tem manias), só começo a escrever um conto, crônica se tiver o título já decidido. Algumas histórias dão-me um trabalho enorme escolher um título, então meus personagens ficam vagando neste espaço ao meu redor por dias. Depois que determino o título, escolho o nome e a descrição física e um pouco da psicológica dos personagens. Escrevo isso logo após o título. Faço uma descrição minuciosa de cada personagem, para consulta durante o desenrolar da trama. Também descrevo o ambiente. Mais uma de minhas manias é colocar características polonesas nos personagens. Nos meus textos os leitores vão encontrar um ou mais personagens loiros de olhos verdes, que podem ser homens, mulheres ou crianças.


Quais são seus autores preferidos?
R- Encabeçando minha lista está Agatha Christie porque foi através dos livros dela que ganhei a vontade de ler muitos livros de contos. Depois eu li todos os livros de Jorge Amado; passei para Sidney Sheldon, Stephen King, Stephenie Meyer, Nicholas Sparks, Laurentino Gomes, e muitos outros brasileiros e estrangeiros. Agora estou lendo Fernanda Torres, Maitê Proença e Álvares de Azevedo. Tenho sempre 2 ou 3 livros na minha cabeceira. Não posso deixar de ler ou reler. A leitura é um vício. Alguns livros eu só começo, outros eu volto a ler várias vezes.

O ano está começando, quais são os planos para 2015 na área de literatura?
R- Tenho muitos planos! Meu computador está cheio de contos para fazerem parte de novos livros. Novas ideias, novos temas, novas tramas surgem a todo instante. Escrevo um pouco ou muito todos os dias. Preciso fazer novos cursos, preciso aprender técnicas novas, caminhos novos. Estou iniciando nesta atividade da literatura. Só com ideias não se faz um livro, preciso de organização e de um processo de escrita e isto se consegue com um bom instrutor e um crítico literário. Em 2014 fiz dois cursos com a professora Isabel Furini, que em muito me ajudou a desenvolver personagens, ambientes e diálogos e a adquirir segurança na hora da decisão pelo desenrolar do tema.


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