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RECOMEÇO (Poema de Pedro Du bois)

31 jan 2011 às 08:19

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Sou remanescente, lado avesso

ao desconhecimento. O oposto ao corpo,

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luz. A bravura da ovelha, o cão guardando

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o rebanho. Recomeço.

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Habito terras desprezadas e me faço estéril


pensamento. Guardo a palavra.

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Sou vento impreciso e ágil


sobre a cobertura. Espalho a poeira


e a misturo entre lajes.


(Poema inédito de Pedro Du Bois, ex presidente da Academia Itapemense de Letras).


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