O novo valor da tarifa não agradou as empresas responsáveis pelo transporte coletivo em Londrina.
O sindicato já soltou uma nota sobre o assunto, confira:
Contratos de concessão não estão sendo respeitados
Em relação à nova tarifa decretada pelo município, o Metrolon - Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Londrina informa que as empresas não tiveram acesso à planilha e aos cálculos que foram efetuados a partir dela. Por isso não sabem os itens que foram contemplados no valor final da passagem. Porém, pelo valor anunciado, podemos afirmar que:
Os contratos com as empresas que operam o transporte coletivo estão sendo desrespeitados desde o início, pois em 11 anos de contratos assinados, foram concedidas somente 7 tarifas. Outra falha em relação aos contratos, foi que somente após as empresas entrarem na Justica o lucro foi incluído nas tarifas de 2010 e 2011. A partir de 2013, a nova administração retirou a cláusula da remuneração (lucro de 7,5% a 10%). E, pelo anúncio da nova tarifa, provavelmente a cláusula do lucro continuará fora dos cálculos.
A CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - Da Tarifa, Parágrafo Oitavo, estabelece que: "Comporá também o custo tarifário, a partir do segundo ano da outorga da concessão, o lucro liquido de 7,5 % a 10% (sete e meio a dez por
cento), que inicidirá sobre o valor final de todos os custos constantes na planilha tarifária".
A sugestão das empresas, até que se chegue a uma decisão final sobre a cláusula da lucratividade, é que seja adotada novamente a planilha GEIPOT, utilizada na cidade de Londrina até 2009 e que permite o cálculo da tarifa pela média de cotação dos itens e coeficientes de consumo. A planilha GEIPOT atualmente é utilizada em 90% dos municípios brasileiros.
Acreditamos que um dos fatores de peso significativo na majoração do valor da tarifa foi a negociação realizada entre Município, CMTU e Sintroll, que acabou concedendo ao sindicato dos trabalhadores do transporte um aumento acima do INPC . Isso representa um impacto entre R$ 0,10 e R$ 0,11 no preço final da passagem de ônibus.
Com uma tarifa no valor que o Município acabou de decretar, as empresas ficam sem margem para investimentos no sistema de transporte de Londrina.
Enquanto não tiverem acesso à planilha e à metodologia de cálculo do Município, as empresas ficam impossibilitadas de prestarem mais esclarecimentos sobre a nova tarifa. As operadoras voltarão ao assunto assim que tiverem acesso à planilha.