O governo federal se prepara para definir sua linha de atuação em um debate
polêmico que deverá mobilizar representantes de todo o mundo nos próximos
dois anos: o tratado global para eliminar o uso de mercúrio e seus subprodutos.
A decisão de fazer um protocolo para uso da substância considerada tóxica foi
tomada por 140 países durante reunião realizada no Japão.
Presente em equipamentos como termômetros e barômetros, em amálgama
dental, interruptores elétricos, lâmpadas fluorescentes e telas usadas em
computadores e laptops, "a substância está relacionada a uma série de
problema de saúde", afirma a chefe da Unidade de Tecnovigilância da Anvisa,
Stela Candioto Melchior.
O excesso de mercúrio no organismo está associado a danos no cérebro, o que
pode comprometer a linguagem, a atenção e a memória. Em grávidas, estudos
revelam que há maior probabilidade de malformação fetal.