Mundo Vivo

Há relacionamentos sadios e há doentios

08 abr 2019 às 09:21


Um homem encontra um conhecido e conta que se casou. O outro se surpreende e pergunta quando e como foi isso, já que ele nada sabia. O recém casado diz então que um dia andava na rua e esbarrou com uma mulher. Ele a xingou de besta, ela disse que besta era ele, ele devolveu que a mãe dela era de reputação duvidosa, ela retrucou que ele era um cão da sarjeta e, xingamento vai e xingamento vem, acabaram se casando.

Uma piada essa história, é claro, mas pena que muitos relacionamentos sejam assim mesmo. Há casais que se odeiam, se maltratam e se desrespeitam quase que diariamente e, mesmo assim, permanecem juntos.


Não é porque duas pessoas estão juntas em um relacionamento que isso é necessariamente bom e saudável. Existem relacionamentos doentios. Muitas pessoas ficam neste tipo de arranjo por variados motivos, mas relacionamentos assim puxam os dois para baixo e podem tornar a vida intolerável e miserável. Não só a deles como também de pessoas que estejam em volta.


Não só o amor pode unir pessoas. Quando se trata de amor podemos falar de relacionamentos maduros e respeitosos. Não tem como ser diferente quando é o amor que permeia a união e relação das pessoas. No entanto, ódio, vingança, ressentimento podem também ligar pessoas, só que o resultado será sempre um relacionamento doentio.


Há pessoas que se juntam para se odiar mutuamente e jogar um no outro a culpa pelas infelicidades que têm ao longo da vida. Isso torna o que poderia ser algo bom, belo e estimulante em algo degradante.


Há até casais que preferem ficar juntos em seus ressentimentos mútuos do que se separar, porque se assim fizessem não teriam mais a quem culpar ou em quem projetar as frustrações. Outros têm medo de se separar porque temem as mudanças que seriam exigidas. Há ainda aqueles que não sabem viver relacionamentos sadios e bons, mas só conhecem os doentios e sobrevivem sem jamais imaginar que pode existir uma vida mais digna.

Casar de verdade é muito mais do que apenas se juntar, é entender o que sustenta essa união.


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