Mundo Vivo

Pergunta de leitor - Só devemos arriscar o que toleramos perder

14 jun 2019 às 10:50


Sou casado há um tempo e sou feliz, amo a minha esposa e não tenho nenhuma vontade de ser traído por ela. No entanto adoro imaginar minha esposa sendo possuída por outro cara. Eu gosto de imaginar ela sendo penetrada enquanto faz sexo oral em mim. Já falei isso com ela e nós gostamos de ficar na cama falando sobre isso, fantasiando, mas nunca chegamos a discutir a realização dessa fantasia. Na verdade eu não sei se isso me excita apenas pelo fato de ser uma fantasia. Como posso saber? Você acredita que eu devo introduzir o assunto com ela?

Você me pergunta se eu acredito se você deve introduzir o assunto com sua esposa, mas este assunto já não foi trazido à tona? Tanto que vocês dois fantasiam com o ménage masculino. Então, se não foi isso, o que será que você me perguntou de fato?


Levanto a hipótese que você tenha me perguntado se eu apoio que você realize esta fantasia. Pedindo a minha confirmação e a certeza de que tudo acabará bem. Agora, por que será que você pensa que eu tenho esta resposta? Certamente porque você está em dúvida e quer que alguém se responsabilize pelo que cabe a você decidir. Se você propuser e ela aceitar você teme arcar com as consequências. Já se ela recusar ela poderá virar uma estraga prazeres. Você se coloca numa posição impossível de ser satisfeito.


Não há problema algum em viver a fantasia do ménage se for o que os dois quiserem. Contudo, há consequências que podem ser agradáveis ou desagradáveis. Não há como uma experiência desta ser vivenciada sem haver consequências. A gente só arrisca, ou pelo menos deveria ser assim, quando suporta que pode haver perda. Sem esta tolerância o melhor é não arriscar.


A fantasia com ela você já vive de certa forma, mas a prática, não. Por que será que você precisa colocar em prática algo que pode te levar a uma perda que você não sabe se pode suportar? Talvez o ideal agora fosse suspender a fantasia para procurar uma análise e tentar compreender o que você faz consigo e em que posições você se coloca. Se descobrir que é o que quer, mesmo considerado os riscos, e ela aceitar, vá em frente ser feliz. Se descobrir que no fundo não é o que deseja pode, então, aprender a se preservar de você mesmo.

Boa sorte.


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