Os dois acusados pela morte do lutador de jiu-jítsu Kaio Muniz Ribeiro, de 23 anos, atropelado na calçada durante um suposto racha, em novembro de 2011, em Campinas, interior de São Paulo, serão levados a júri popular para serem julgados pelo crime de homicídio doloso (com intenção de matar).
O juiz da 2ª Vara do Júri de Campinas, Sérgio Araújo Gomes, aceitou denúncia do Ministério Público nesta quarta-feira (10( contra a empresária Adriane Pereira Diniz Ignácio Souza, de 44 anos, que dirigia o Audi A3, que atingiu o lutador na calçada, e o consultor de obras Fabrício Rodrigues da Silva, de 34 anos, que guiava um Camaro.
Segundo o promotor Fernando Viana, os dois disputavam um racha numa das principais avenidas do bairro Taquaral, e dirigiam em alta velocidade, quando o veículo da empresário invadiu a calçada e atingiu a vítima, que usava um telefone público. O Ministério Público vai recorrer para que os acusados sejam julgados por homicídio duplamente qualificado. Para o promotor, a vítima foi morta por motivo fútil e sem chances de se defender.
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Por homicídio doloso, os acusados podem ser condenados de 6 a 20 anos de prisão. Com os pedidos de agravantes, as penas subiriam para 12 a 30 anos de reclusão. O lutador foi morto em 18 de novembro de 2011. Os dois acusados chegaram a ser presos preventivamente. Adriane foi solta uma semana depois, após pagar fiança de R$ 109 mil. Silva pagou fiança de R$ 163 mil e também foi liberado. A Promotoria denunciou os dois em dezembro de 2011. Nos depoimentos, os acusados negaram crime e disseram não participar de um racha. Os advogados dos acusados vão recorrer ao Tribunal de Justiça.