A advogada Ana Lúcia Assad, que faz a defesa de Lindemberg Alves, disse para a juíza Milena Dias "voltar a estudar". O réu de 25 anos é acusado de assassinar a ex-namorada, Eloá Cristina Pimentel, 15, em Santo André, em 2008.
Assad questionava um ponto técnico no inquérito durante o depoimento de uma testemunha - a perita Dairse Aparececida Pereira Lopes. A advogada do réu mencionou o "princípio da verdade real", que a juíza Milena Dias disse desconhecer. Assad respondeu: "Então a senhora devia ler mais. Voltar a estudar."
Nesse momento, a promotora Daniela Hashimoto alertou a advogada de defesa. "O que a senhora disse é desacato, a senhora pode responder por isso", afirmou Hashimoto.
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Este é o segundo dia do julgamento, que deve terminar nesta quarta-feira.
Primeiro dia: As segunda-feira, a pedido da pedido da defesa, foram trocadas duas testemunhas: a jornalista Ana Paula Neves foi substituída por Ederson Douglas Pimentel, irmão mais novo de Eloá. No lugar do Nelson Gonçalves, diretor do Instituto de Criminalística de Santo André à época, foi convocada Ana Cristina Pimentel, mãe da menina morta. Ambos seriam testemunhas em juízo, isto é, quando não defendem nenhuma das partes.
Para a acusação, que não concordou com a mudança, aceita pela juíza, a troca tinha sido um 'tiro no pé' e não daria resultado. Por outro lado, a magistrada negou que novos documentos fossem anexados ao processo pela defesa.