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Em favela no Rio

Anistia critica operação policial que matou cinegrafista

BBC Brasil
07 nov 2011 às 13:34

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A Anistia Internacional criticou a operação da polícia do Rio de Janeiro na Favela Antares que provocou a morte de pelo menos cinco pessoas, entre elas o cinegrafista da TV Bandeirantes, Gelson Domingos da Silva.


A Polícia Militar do Rio de Janeiro invadiu na manhã de domingo a favela Antares, no bairro Santa Cruz, na zona oeste da cidade. A PM afirma que missão dos policiais era checar informações de que líderes do tráfico fortemente armados estavam mantendo reuniões na favela.

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Nove pessoas foram presas na operação que terminou na manhã desta segunda-feira. Segundo a PM, outras quatro pessoas - todas elas supostamente ligadas ao grupo de traficantes - morreram, além do cinegrafista.

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'Vidas em risco'

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"Neste caso particular, o que aconteceu foi uma tragédia, mas isso sublinha um ponto mais amplo que a Anistia vem fazendo há anos", disse à BBC Brasil o representante da entidade para assuntos relacionados ao Brasil, Patrick Wilcken.


"A Anistia critica essas operações militarizadas no Rio, onde a polícia invade uma comunidade. Isso põe em risco a vida de pessoas da comunidade e também de jornalistas."

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"É preciso questionar esse tipo de estratégia. O Rio de Janeiro já mostrou ao mundo com as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras) que existem alternativas no combate à violência em algumas comunidades."


Wilcken ressaltou que o tipo de operação como a que foi conduzida no domingo provoca violência que se acumula desproporcionalmente sobre as comunidades mais pobres.

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Sobre a morte do cinegrafista Gelson Domingos da Silva, o representante da Anistia Internacional disse que esse tipo de cobertura jornalística é uma atividade "intrinsecamente perigosa".


Silva foi alvejado com um tiro de fuzil enquanto filmava um tiroteio entre a polícia e os traficantes. Ele estava usando um colete à prova de balas, no entanto o equipamento não era resistente a tiros de fuzil.

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O representante da Anistia afirmou não conhecer todos os detalhes sobre a morte do cinegrafista, mas ressaltou que cabe às empresas jornalísticas fazerem tudo que puderem para proteger os seus funcionários.


Em nota, o Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro classificou o tipo de colete à prova de balas fornecido aos jornalistas em operações de risco de "pífio". A entidade também cobrou que o Grupo Bandeirantes auxilie financeiramente a família do cinegrafista.

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A Bandeirantes divulgou uma nota em resposta ao sindicato na qual afirma que o colete usado por seus repórteres é o "III-A, o modelo de maior capacidade de proteção liberado pelas Forças Armadas para utilização por civis". A emissora também disse que profissionais que atuam em situações de risco possuem um seguro diferenciado.


A operação na Favela Antares terminou nesta segunda-feira com cinco mortos e nove pessoas presas. Foram apreendidos um fuzil AR-15, três pistolas, cinco rádios, drogas e 10 motos.

Segundo a PM, entre os presos estão o gerente do tráfico local, Renato José Soares, conhecido como "BBC", e o seu braço-direito, Leandro Ferreira de Araújo, conhecido como "China".


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