Um dos assessores mais próximos do presidente Michel Temer, o ex-deputado Sandro Mabel (GO) deixou o cargo à disposição da cúpula do Palácio do Planalto.
"Conversei com o presidente na semana após a eleição para presidente da Câmara (segunda semana de fevereiro). Foi uma conversa de amigos. Eu não tenho mais nenhuma pretensão política, não vou ser mais candidato, nem quero ser ministro, por isso tenho que cuidar das minhas coisas, dos meus negócios", afirmou Mabel à reportagem. "Se quisesse ser ministro, já tinha sido. Mas o País está andando bem, já dei a minha contribuição", emendou o ex-deputado, que não recebe salários pela atuação como assessor.
Segundo ele, na conversa com Temer, o presidente disse que não era um bom momento e pediu para que ficasse no cargo por pelo menos até o próximo semestre. "Ele disse que não era a hora de mexer nisso e me pediu para ficar por mais seis meses", afirmou.
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Um dos articuladores do processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff no Congresso, Mabel nega que o pedido da saída do governo tenha ocorrido em razão de possíveis desdobramentos da Lava Jato. "Quando fui falar com o presidente, há umas três semanas, não tinha tanta turbulência".
Em meados de dezembro do ano passado, o então assessor especial do presidente Michel Temer, o advogado José Yunes, pediu demissão por meio de uma carta. O pedido ocorreu após o nome do advogado aparecer na delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Mello Filho. Também citado na delação de Mello Filho, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, pediu afastamento do cargo no último dia 24 de fevereiro em razão de problemas de saúde. Nesta terça-feira, 7, Padilha deve apresentar um novo atestado médico para prolongar seu afastamento temporário, por mais uma semana.