Em um enterro que durou 5 minutos e não teve a presença de familiares, o corpo do vigilante Damião Soares dos Santos, 50 anos, foi sepultado na tarde de sexta-feira (6) em Janaúba, norte de Minas Gerais. Com clima de revolta na cidade, a "operação abafa" foi montada para evitar transtornos no cemitério - lá estão enterrados todos os mortos do ataque à creche municipal Gente Inocente.
Por volta das 15h30, o corpo de Damião foi retirado do carro funerário e levado para a cova logo em seguida. Naquele momento, o cemitério estava praticamente vazio por causa do velório da professora Heley de Abreu, 43 anos, que reuniu uma multidão em outro local. Considerada heroína, foi ela quem lutou contra o vigilante.
Apenas uma senhora, amiga da família, acompanhou o enterro. Ela reclamou de não haver nenhum representante da prefeitura por lá, já que Damião prestou serviço de segurança para o município por 8 anos. O horário do enterro não foi divulgado com antecedência por nenhum órgão - ao contrário do que ocorreu com as vítimas.
Leia mais:
Eleição de 2024 tem suspeita de fraude por transferência em massa de eleitores entre cidades
Brasil mantém tendência de aumento de cobertura vacinal infantil, diz ministério
Maior presente de Natal virá da cultura, diz Selton Mello sobre 'Compadecida 2'
Brasil está perto de alcançar a meta de vacinação contra o vírus HPV
Na manhã de quinta-feira (5), Santos entrou na escola, onde trabalhava, e ateou fogo em crianças e nele mesmo. Até sábado (7), dez pessoas haviam morrido vítima desse caso. Outras 40 ficaram feridas.