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Após invasão

Beagle do Instituto Royal é posto à venda na internet

Agência Estado
25 out 2013 às 15:20

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- Reprodução/Mercado Livre
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Um cão da raça beagle supostamente furtado do Instituto Royal, em São Roque, no interior paulista, foi posto à venda na quinta-feira (24) no site Mercado Livre, conhecida rede de comércio virtual, pelo preço de R$ 2,7 mil. O autor da oferta informava que o animal procedia do instituto e estava fraco. O Instituto Royal, que usa cães para testes com medicamentos, foi invadido por ativistas há uma semana, sob a alegação de maus-tratos aos animais.

Os 178 beagles que estavam no local foram levados pelos invasores. Ao tomar conhecimento da oferta na internet, o instituto pediu que o animal seja encaminhado de volta para que passe por exames veterinários. No início da tarde desta sexta-feira, 25, segundo a assessoria de imprensa, o anúncio havia sido retirado do ar. A Polícia Civil de Sorocaba vai investigar a autoria da postagem.

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Um dia depois que a prefeitura vistoriou as instalações e manteve o alvará de funcionamento, o Instituto divulgou nesta sexta-feira, em seu canal no YouTube, um vídeo com depoimento do cientista Osvaldo Augusto Brazil Esteves Sant''Anna, bisneto do médico e imunologista brasileiro Vital Brazil, de apoio às pesquisas feitas em São Roque. No vídeo, Sant''Anna, que é pesquisador do Instituto Butantã e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, compara a invasão da unidade por manifestantes a "uma atitude insana" e defende o instituto das acusações de maus-tratos aos animais.


Sant''Anna ressalta que o uso de animais em laboratório é imprescindível e pode ser feito com respeito. Na base desses estudos, segundo ele, estão pequenos roedores, mas a partir de certo estágio, antes da aplicação em seres humanos, os testes são feitos em mamíferos superiores, como cães e cavalos. "É o sentido social de um trabalho de pesquisa." Os beagles, complementa, são animais que têm pouca diversidade genética, o que facilita perceber a ação dos medicamentos. "Isso é feito mundialmente."

O pesquisador diz que, se vivesse nos dias atuais, seu bisavô Vital Brazil, criador do Instituto Butantã e descobridor do soro antiofídico, provavelmente seria enforcado, já que sacrificava serpentes para seus estudos e fazia o teste para produzir o soro usando cavalos como cobaia. "Graças a isso, ele prestou um grande serviço para a humanidade."


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