O cão da raça beagle resgatado numa casa em Valinhos, interior de São Paulo, no final de semana, não estava à venda no site Mercado Livre, conforme havia informado a assessoria de imprensa do Instituto Royal, de São Roque. Em nota distribuída no domingo, o Instituto afirmara que o animal havia sido apreendido por determinação judicial após ser colocado à venda por R$ 2,7 mil. Em outra nota distribuída nesta terça-feira, 29, o Instituto reconhece o equívoco e pede a retificação da informação divulgada anteriormente pela assessoria.
"Sem prejuízo, é fato notório que cães subtraídos ilegalmente do Instituto Royal foram oferecidos à venda por meio de sites da internet. O Instituto Royal continuará tentando determinar a origem desses animais para que possam ser resgatados de maneira apropriada", informa a nota.
A afirmação do instituto de que o beagle apreendido era o mesmo oferecido no site Mercado Livre provocou reações dos ativistas, já que a foto do cão supostamente posto à venda mostrava um animal diferente daquele apreendido em Valinhos. A família que estava com o cão, e que pretendia adotar o animal, também contestou a informação sobre a suposta venda. O Instituto informou que esta foi a primeira vez que o resgate de um animal subtraído de suas instalações pode ser realizado.
A confirmação de que se trata de um cão retirado do centro de pesquisas foi feita através da leitura do chip. O juiz de Valinhos que autorizou a apreensão também determinou que o processo corra em segredo de Justiça. Desde a última sexta-feira, o alvará de funcionamento do instituto está suspenso pela prefeitura de São Roque pelo prazo de 60 dias. O Ministério Público investiga a instituição por suspeita de maus tratos aos animais. No dia 18, ativistas invadiram o instituto e retiraram 178 cães da raça beagle, usados para teste de medicamentos.