Depois da entrada do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da PM em blindados da Marinha, várias equipes de todas as delegacias especializadas do Rio se preparam para entrar na Vila Cruzeiro, na zona norte, um dos maiores refúgios de traficantes do Comando Vermelho, pela Avenida Nossa Senhora da Penha.
A entrada do Bope na favela resultou em tiros, explosões e focos de incêndio dentro da favela. O tiroteio é ininterrupto. Pelo menos quatro pessoas foram levadas até o início da tarde desta quinta-feira, 25, para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, baleadas. O mais grave foi o caso do motorista de ônibus Reginaldo Dias Peixoto, de 36 anos, que levou tiro na cabeça. Foi submetido a cirurgia e não corre risco de morrer, informou o hospital. Além dele, um mototaxista, um servente de pedreiro e um PM também foram baleados. O policial levou um tiro de raspão no ombro.
A Marinha do Brasil mobilizou seis tanques do modelo M113, municiados com uma metralhadora .30, além de outras viaturas blindadas e carros-anfíbio.
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Marinha. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, autorizou na quarta-feira que o Comando da Marinha forneça apoio logístico ao governo do Rio de Janeiro. O pedido não envolve mobilização de tropas da Força, e sim meios de transporte e a guarnição necessária à operação e manutenção dos veículos.
Para coibir os ataques, o governo do Rio disse que Polícia Militar irá intensificar hoje as operações em locais estratégicos. A corporação vai fazer comboios, patrulhamento nas ruas da cidade, haverá mais blitz, e o efetivo retirado da área administrativa continuará atuando na zonas Sul e Oeste e na Grande Niterói. Também haverá aumento do policiamento atuando na Tijuca e no Meier.
Conforme já anunciado, a primeira medida da PM foi reduzir folgas e colocar nas ruas policiais em condições de serviço, que trabalham na área administrativa. Estão sendo empregadas 1.625 viaturas, além de 190 motos. A partir de hoje, mais 60 viaturas estarão circulando na Região Metropolitana.