Micro-ônibus da Polícia Militar (PM) não param de transferir bombeiros manifestantes do quartel central da corporação, no centro do Rio de Janeiro, para o Batalhão de Choque da PM. Parte dos manifestantes ainda se encontra no pátio do quartel central, de onde os coletivos da PM saem em direção à sede do Choque. Centenas de bombeiros já foram encaminhados presos.
Em entrevista em frente ao quartel central dos bombeiros, na manhã deste sábado (4), o coronel Mário Sérgio Duarte, comandante geral da Polícia Militar, afirmou que a negociação entre a PM e os bombeiros não saiu como ele gostaria, ou seja, sem a necessidade de uma ação efetiva da PM, mas que a operação de invasão foi feita com todo cuidado e não há informações sobre pessoas feridas com gravidade nem perfurações à bala.
Todos os feridos, entre eles parentes dos bombeiros e os militares, foram levados para o Hospital Souza Aguiar. "Os bombeiros serão presos por crime de natureza militar. Não tenho ainda o número de bombeiros que foram presos", afirmou o coronel.
Invasão do quartel
Leia mais:
Sisu 2025 terá cotas para estudantes de áreas rurais
Prazo para clientes da 123milhas recuperarem valores acaba nesta terça
Termina prazo para TikTok impedir acesso de usuários sem cadastro
Concurso Nacional Unificado: notas de candidatos reintegrados estão disponíveis
Cerca de 1.300 bombeiros inadiram no início da noite de sexta-feira (3) o quartel central da corporação no Rio localizado na Rua Visconde do Rio Branco, no centro da capital fluminense. Às 2 horas desta madrugada eram pelo menos mil pessoas no pátio do quartel e outras 300 do lado de fora. Mulheres e crianças, parentes dos manifestantes, engrossam a ocupação.
Os bombeiros reivindicam aumento salarial e melhores condições de trabalho. Eles afirmam que o salário inicial de R$ 950,00 é o menor da categoria em todo o país e exigem um salário de no mínimo R$ 2 mil para soldados que iniciam a carreira. Os invasores condicionam a presença de algum representante do governo para desocuparem o quartel. Por volta das 19 horas, o portão de entrada do quartel foi arrombado pelos bombeiros. Um coronel do Policiamento de Choque da Polícia Militar teve uma das mãos quebradas ao tentar impedir a invasão.
Antes da invasão do quartel, os bombeiros realizaram passeata pelas ruas do centro do Rio e tomaram a frente da Assembleia Legislativa. O trânsito ficou caótico para quem voltava para casa depois de um dia de trabalho. Vias importantes, como rua 1º de Março, avenida Presidente Vargas e avenida Rio Branco, foram tomadas pelos manifestantes, que durante todo o tempo foram acompanhados de perto pelo policiamento ostensivo.