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Após grave acidente

Bope reforça número de policiais em morro carioca

Agência Estado
26 jun 2011 às 18:06

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Rio de Janeiro - Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) reforçaram neste domingo, 26, o efetivo da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Morro da Coroa, no Catumbi, na zona norte do Rio, depois que pela primeira vez um policial foi gravemente ferido em confronto com traficantes em uma favela pacificada, na noite de sexta-feira, 24.

Além da perna direita amputada, o soldado Alexsander de Oliveira sofreu fraturas expostas no pé e no braço esquerdo ao ser atingido pela explosão de uma granada. Ele permanece internado no Hospital Central da PM. Dois outros policiais também ficaram feridos pelo explosivo e um deles foi submetido na manhã deste domingo, 26, a uma cirurgia para a retirada de estilhaços do pescoço. Acusado de participar do confronto, um adolescente de 17 anos foi apreendido ontem em hospital onde deu entrada baleado.

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O porta-voz da Polícia Militar, coronel Ibis Pereira, afirmou que não há qualquer relação entre o confronto e as ameaças de ataques dos traficantes do Comando Vermelho, que fizeram a PM entrar em estado de atenção na sexta-feira. Eles ameaçaram atacar policiais militares e civis em represália pela morte de oito comparsas pelo Bope no Morro do Engenho (zona norte). "Não há qualquer relação. A ameaça era para ter se concretizado na madrugada de sábado e o ocorrido no Morro da Coroa foi à noite. Foi algo isolado e não houve a conotação de um ataque contra a UPP", afirmou o coronel.

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De acordo com a PM, os três policiais foram averiguar uma denúncia sobre a presença de suspeitos nas proximidades do Túnel Santa Bárbara, que fica embaixo do Morro da Coroa e liga a zona norte à zona sul da cidade. Quando avistaram os PMS, dois homens e um adolescente se refugiaram dentro de uma casa em um beco. Para escapar, eles jogaram uma granada contra os policiais e fugiram. O menor foi identificado porque na fuga deixou cair uma pistola e a carteira com documentos. Ele foi apreendido ferido por um tiro no Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio.


De acordo com o coronel Robson Rodrigues, comandante das UPPs, a granada é utilizada como arma pelos criminosos que insistem em permanecer em favelas pacificadas. "Já que não podem ostentar armas. Eles usam a granada, que cabe no bolso e pode ser utilizada como instrumento de fuga", afirmou o coronel.

Neste domingo, a situação no Morro da Coroa permanece tensa. A equipe do Estado foi questionada por um policial que estava no acesso à favela se realmente subiria o morro, pois o local, segundo ele, não era seguro. Segundo o comandante das UPPs, a sede da unidade fica no Morro da Fallet, vizinho ao Morro da Coroa, que é patrulhado pelos soldados da UPP em rondas policiais.


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