A presidente Dilma Rousseff anunciou em discurso na manhã deste domingo nas Nações Unidas as metas do Brasil para a redução da emissão de gases que causam o efeito estufa e destacou que os compromissos brasileiros são "ambiciosos". Até 2025, a meta é reduzir em 37% a emissão e até 2030 de 43%, tendo em conta o ano-base de 2005.
"As metas do Brasil são tão ou mais ambiciosas que as anteriores", afirmou a presidente em seu discurso, que durou pouco mais de cinco minutos. Dilma disse ainda que o Brasil se compromete com o fim do desmatando ilegal até 2030, recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradas, integração de 5 milhões de hectares de lavouras, pecuárias e florestas e ainda o reflorestamento de 12 milhões de hectares. "Nossas obrigações devem ser ambiciosas."
A presidente também mencionou em seu discurso os avanços ocorridos no governo desde o início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela citou a política de fome zero, a redução da pobreza, entre outros temas. "O Brasil mesmo enfrentando dificuldades não voltará atrás nesses avanços", disse Dilma, que fez questão de enfatizar que o esforço de superar a pobreza tem de ser "coletivo e global".
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Dilma também usou um de seus lemas na campanha ao encerrar o discurso na ONU para dizer que o fim da pobreza extrema "é só o começo de uma longa trajetória". A presidente ressaltou que os riscos das mudanças climáticas sobre a população mais pobre são grandes e é preciso reduzir estes riscos.
"A conferência de Paris é oportunidade única para construirmos resposta comum aos desafios globais da mudança do clima", disse Dilma, mencionando o encontro de líderes globais que ocorre na capital da França em novembro. "O Brasil tem feito grande esforço para a redução de emissão de gases que causam o efeito do estufa sem comprometer o desenvolvimento econômico e a inclusão social."
A presidente citou que o Brasil vem diversificando as fontes de energia e tem uma das "matrizes energéticas mais limpas do mundo". Dilma afirmou que a garantia do Brasil é de 45% de fontes renováveis no total da matriz energética brasileira até 2030. Além disso, frisou que vai aumentar em 10% a eficiência energética até 2030. Dilma ressaltou ainda que no Brasil ocorreu uma redução de 82% no desmatamento da Amazônia. "Podem estar certos que a ambição continuará a pautar nossas ações".