O MPT (Ministério Público do Trabalho) promoveu, na manhã de segunda-feira (4), inspeção na sede da Caixa Econômica Federal, em Brasília, no âmbito das denúncias de assédio sexual que levaram à renúncia do então presidente Pedro Guimarães na semana passada.
Conforme informações do MPT, o objetivo é averiguar a dinâmica de funcionamento e circulação de pessoas no gabinete da presidência do banco público, bem como em outros ambientes ocupados pela cúpula da Caixa. O procedimento é usual nesse tipo de investigação.
Ainda segundo o órgão, não houve encontro entre o procurador titular do MPT, Paulo Neto, responsável pelo caso, e a nova presidente da Caixa, Daniella Marques. Neto foi recebido pelo diretor jurídico do banco, Gryecos Attom Valente Loureiro.
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Em despacho, o procurador decidiu incluir ainda o assédio moral entre os supostos crimes denunciados, além do assédio sexual.
Na semana passada, o MPT notificou a Caixa e Guimarães a se manifestarem sobre as denúncias. O então vice-presidente do banco Celso Leonardo Barbosa, citado nas acusações, também foi notificado.
Na segunda, o TCU (Tribunal de Contas da União) abriu investigação para apurar as denúncias de assédio sexual dentro da Caixa. A atuação do órgão no caso foi justificada pela potencial violação dos princípios da moralidade em instituição da administração pública federal.
Em nota divulgada na semana anterior, a Caixa pontuou que “repudia qualquer tipo de assédio” e que há investigação em curso para apurar os casos. “A investigação corre em sigilo, no âmbito da Corregedoria, motivo pelo qual não era de conhecimento das outras áreas do banco”, informa o texto.