Brasil

Campanha da Fraternidade de 2024 propõe a paz e o diálogo

14 fev 2024 às 15:30

É a partir de um conceito apresentado pelo Papa Francisco em uma encíclica publicada em 2020, a Fratelli Tutti, que a Igreja Católica no Brasil vai trabalhar este ano a Campanha da Fraternidade, que começou oficialmente nesta quarta-feira (14) de Cinzas, data que também marca o início da Quaresma. 


O tema escolhido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) para a campanha é Fraternidade e Amizade Social, tendo como lema para iluminar as reflexões o versículo bíblico do livro de Mateus: “vós sois todos irmãos e irmãs”.


A ideia é de que a cultura do encontro seja promovida e incentivada. “Hoje percebemos uma inimizade presente na sociedade. As divisões muitas vezes nos atrapalham, as polarizações, são o sinal de que não nos consideramos verdadeiramente irmãos. Amizade social é um problema para a Igreja, mas também para os nossos governos, que têm que trabalhar esta questão com justiça e paridade”, destacou o arcebispo da Arquidiocese de Londrina, dom Geremias Steinmetz, que também falou da necessidade de “construir pontes” para se chegar a paz.


O despertar para o valor da fraternidade e da paz entre as pessoas, sejam elas cristãs ou não, deverá ser trabalhado pelas próximas quatro semanas nas atividades das paróquias e comunidades. 


“São as homílias, tudo que é tradicional na Igreja (precisa falar sobre este tema), por exemplo, a Via Sacra, a procissão e a missa penitencial. Temos que falar sobre a campanha da fraternidade para que as pessoas possam, de fato, compreender qual é o problema que nos atinge”, pontuou.


A campanha - que foi apresentada à imprensa londrinense durante coletiva nesta quarta - é promovida anualmente pela CNBB há seis décadas, com a 60ª edição em 2024. Cada ano um tema diferente é proposto. 


“Já refletimos sobre a fome, a Amazônia, os encarcerados. O tema deste ano nos convida a refletir sobre nós, nossas atitudes, posturas. Mudando a nossa atitude vamos mudar com os outros. Nunca foi tão premente olhar para dentro de nós mesmos. É um chamado para mostrar que pensar diferente não nos torna inimigos”, frisou.


No Domingo de Ramos, que é um fim de semana antes da Páscoa, será feita a coleta nacional, em que as fiéis poderão doar durante as missas valores que vão ser convertidos a projetos sociais que vivem a amizade social a partir das ações. A destinação dos recursos será feita por intermédio da Cáritas.


Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA:


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