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Mensalão

Costa Neto e Bispo Rodrigues se entregam na Papuda

Agência Estado
05 dez 2013 às 22:11

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Após ser anunciada sua renuncia ao mandato de deputado nesta quinta-feira, 5, Valdemar Costa Neto (PR-RJ) se entregou à Justiça nesta noite, em Brasília. Diferente dos outros réus que se entregaram mais cedo, ele e o ex-deputado Bispo Rodrigues se apresentaram diretamente à Penitenciária da Papuda, em Brasília.

Bispo Rodrigues foi condenado a 6 anos e três meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Condenado pelos mesmo crimes, Valdemar Costa Neto pegou 7 anos e 10 meses de prisão.

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Com isso, os quatro condenados no processo do mensalão que tiveram a determinação de prisão expedida nesta quinta pelo Supremo Tribunal Federal já se apresentaram à Justiça.

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Mais cedo, o ex-deputado Pedro Corrêa e o ex-vice-presidente do Banco Rural Vinicius Samarane se entregaram à Polícia Federal, também em Brasília. Os réus do mensalão devem ainda passar por exame no Instituto Médico Legal (IML).

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Renúncia. Logo após o Supremo determinar as prisões dos quatro condenados, o líder em exercício do PR, Luciano Castro (RR), leu, para um plenário quase vazio da Câmara dos Deputados, a carta de renúncia de Valdemar Costa Neto. No documento, o parlamentar afirma que, mesmo tendo direito a manter seu mandato até o pedido de cassação, ele não cogita "impor ao parlamento a oportunidade de mais um constrangimento institucional".


Valdemar ainda afirma no documento que "serenamente passo a cumprir uma sentença de culpa, flagrantemente destituída do sagrado direito ao duplo grau de jurisdição". "Inspirado pelo respeito aos eleitores que me delegaram a representação que traz uma extensa folha de serviços prestados, renuncio ao meu mandato de deputado federal da República Federativa do Brasil", conclui a carta.


Após a expedição dos mandados de prisão dos quatro condenados do mensalão, o Supremo chegou a encaminhar um documento notificando a Câmara, diferente do que foi feito no caso dos primeiros deputados presos no mensalão, quando o Legislativo só foi notificado pela Corte três dias após as prisões. O comunicado foi entregue minutos antes de a renúncia de Valdemar ser anunciada.

O próprio diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, também foi ao Congresso Nacional após a expedição dos mandados de prisão para conversar com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), sobre a prisão de Costa Neto. Por se tratar de um parlamentar, Daiello decidiu ir pessoalmente ao Congresso negociar a prisão.


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