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Caso Eloá

Defesa afirma que não quer absolver Lindemberg

Agência Estado
16 fev 2012 às 14:18

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O debate do julgamento de Lindemberg Alves, 25 anos, acusado de assassinar a ex-namorada, Eloá, 15, em outubro de 2008, acabou às 13h20 no Fórum de Santo André, na Grande São Paulo. Ana Lucia Assad, advogada de defesa, disse que não pretende que o réu seja absolvido da acusação de matar a jovem. "Ele errou, tomou as decisões erradas e deve pagar por isso, mas na medida do que ele efetivamente fez", disse a defensora.

Segundo a defesa, no entanto, Lindemberg deve ser condenado por homicídio culposo, porque ele agiu com culpa consciente, mas não previu o assassinato. "Ele não desejou o resultado", afirmou a advogada, "ele sofre pela morte dela", completou.

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Ana Lucia voltou a atacar a mídia ao apontar outros possíveis causadores da morte de Eloá. "No meu ponto de vista, há dois corresponsáveis por este processo. Alguns membros da imprensa e alguns policiais. Não podemos dar essa conta toda para o Lindemberg pagar. Isso não é justiça."

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A advogada também defendeu o réu sobre a tentativa de homicídio contra Nayara Rodrigues, amiga de Eloá, que também foi feita refém em Santo André (SP).

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Segundo Ana Lucia, a menina "voltou ao apartamento porque quis". "Ele não tentou matar a Nayara. Ele se assustou e atirou. Ele deve ser condenado por lesão corporal culposa", afirmou ao júri.


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A defesa também projetou a imagem de Lindemberg para os jurados. "Enxerguem esse rapaz como um parente dos senhores, pois ele não é bandido. (Ele) não falou antes porque eu sabia que ele seria pronunciado e a decisão caberia aos senhores".

Para Ana Lucia, Lindemberg é um bode expiatório para responder pelo crime. "(Ele) é a bola da vez. Isso acontece só porque ele é pobre." E acrescentou: "Esperamos que os senhores saiam daqui com a certeza de terem tomado a decisão certa".


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