A Defesa Civil de Santa Catarina informou nesta quarta-feira (25) que o incêndio numa carga de fertilizante à base de nitrato de amônio, ocorrido num galpão na região do Porto de São Francisco do Sul, no litoral norte, na noite de terça-feira (24), já foi controlado pelas equipes do Corpo de Bombeiros. Há a expectativa de que a fumaça atinja outros municípios, incluindo as praias do Paraná.
Segundo o governo do Estado, porém, não há risco de intoxicação e uma operação especial envolvendo o Corpo de Bombeiros Militar, a Polícia Militar (PM) e a Defesa Civil foi montada para controlar a situação. De acordo com o Código Internacional de Produtos Perigosos da Organização das Nações Unidas (ONU), o nitrato é oxidante e não tóxico.
Desde a madrugada, voluntários e Bombeiros Militares de São Francisco do Sul, Joinville, Barra do Sul, Araquari, Barra Velha e Itajaí trabalham para evitar explosões. Pelo menos 70 bombeiros, seis caminhões-tanque e uma autoplataforma estão sendo empregados na operação.
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Na edificação atingida pelas chamas, estavam armazenadas cerca de 10 toneladas de fertilizantes. O produto provoca irritação na pele, mucosas, sistema respiratório e nos olhos. Por este motivo, desde o início as ações foram concentradas inicialmente na retirada das pessoas dos imóveis localizados no entorno do galpão.
O nitrato de amônio queima quando em contato com substâncias combustíveis. A queima ocorre como uma espécie de reação química que gera fumaça, sem chamas. O combate com o emprego de água, além de ineficaz, acaba por gerar mais fumaça que gera irritação na pele, mucosas e vias aéreas. Apesar da irritação, o produto não é tóxico.
O Secretário de Estado da Defesa Civil, Milton Hobus, está no local e informou que cerca de 150 famílias foram retiradas de suas casas e deslocadas para a Escola Estadual Urbana Profª Claurinice Vieira Caldeira Forte, em São Francisco do Sul. Atendimentos médicos estão sendo realizados no Hospital Nossa Senhora da Graça.
Por conta do vento, a fumaça já estaria chegando em cidades pórximas, como Garuva e Itapoá. Nestes casos, a recomendação é que as pessoas fiquem em local fechado.