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11 de setembro

Dia Nacional do Cerrado: Proteção é fundamental para garantir água, energia e alimentos

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
11 set 2023 às 15:05

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- André Dib
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Nesta segunda-feira, 11 de setembro, comemora-se o Dia Nacional do Cerrado. Savana com a maior biodiversidade do mundo, considerado berço das águas do país, o bioma é um dos mais ameaçados. Oito das 12 principais bacias hidrográficas do Brasil nascem no Cerrado, como as nascentes dos rios São Francisco e Paraná. Pressionado pelo desmatamento crescente e uso excessivo da água, especialmente pela agricultura intensiva, possui cerca de 12 mil espécies de plantas e mais de 2,5 espécies de animais catalogados, entre aves, mamíferos, peixes, répteis, anfíbios e invertebrados.

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Especialistas alertam que a degradação do Cerrado pode colocar em risco o abastecimento de água, a geração de energia e a produção de alimentos do país, com grandes impactos socioeconômicos. Segundo estudo do geógrafo Yuri Salmona, da UnB (Universidade de Brasília), os rios deste bioma já perderam 15,4% da vazão de água por causa do desmatamento e das mudanças climáticas entre 1985 e 2022.

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De agosto de 2022 a julho deste ano, a área de vegetação perdida no Cerrado chegou a 6.359 quilômetros quadrados, o pior índice da série histórica iniciada entre 2017 e 2018, conforme o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). A maior parte do desmatamento está concentrada na região conhecida como Matopiba, formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, estados com forte expansão do agronegócio.

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“A perda da vegetação já interfere – e muito – na disponibilidade hídrica em todo o território. Isso deve causar problemas de abastecimento de água para as cidades, para a geração de energia elétrica e, também, para a produção agrícola. Portanto, os próprios produtores rurais devem ser os maiores interessados na conservação”, frisa Reuber Brandão, membro da Recn (Rede de Especialistas em Conservação da Natureza) e professor de manejo de fauna e de áreas silvestres da Universidade de Brasília. 

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O Cerrado originalmente estava presente nas áreas do Distrito Federal e nos Estados de Goiás, Tocantins, além da Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rondônia, São Paulo, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima e Paraná.

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A Reserva Natural Serra do Tombador, em Cavalcante (GO), no coração do Cerrado, uma área com 8.730 hectares, que equivale a quase 9 mil campos de futebol, é mantida pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Trata-se de uma região de prioridade extremamente alta para a conservação da biodiversidade, segundo o Ministério do Meio Ambiente.

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Criada e mantida pela fundação desde 2007, a reserva fica em uma das áreas mais conservadas do Cerrado brasileiro, com objetivo de promover a conservação da biodiversidade e pesquisas científicas. Além disso, ela protege nascentes e fluxos d’água que formam o rio São Felix, importante afluente do Rio Tocantins.

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A reserva possui 437 espécies de plantas e 531 espécies de animais (49 mamíferos, 357 aves, 49 anfíbios e 76 répteis), sendo várias consideradas espécies emblemáticas do Cerrado que estão ameaçadas de extinção, como a onça pintada, o tatu-canastra, o lobo-guará e o pato-mergulhão.

Além disso, a área contribui para a mitigação das mudanças climáticas, já que a vegetação auxilia na remoção de carbono da atmosfera. Estimativas indicam que a reserva tem capacidade de estocar aproximadamente 212 mil toneladas de carbono.

Conforme estudo de valoração publicado em 2015, considerando a capacidade produtiva da propriedade, o uso agropecuário geraria receitas estimadas em R$ 510 mil/ano em valores da época, montante significativamente menor do que os valores alcançados pelos benefícios gerados por meio da conservação da área, de aproximadamente R$ 1,3 milhão por ano. Os benefícios consideram principalmente a erosão evitada do solo, além da redução de emissões por desmatamento e degradação florestal (REDD), e o impacto das contratações e aquisições locais.

Atualmente, os temas prioritários de pesquisa científica na reserva são: ecologia e manejo do fogo (natural e de origem humana); controle e erradicação de espécies invasoras; estabilidade dos solos e combate a processos erosivos.


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