A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República promoveu, hoje (15), em Brasília, encontro nacional de promotores, defensores e delegados para discutir a violência contra mulheres, idosos e crianças em todo o país. No encontro, informações sobre o funcionamento do Disque Direitos Humanos (Disque 100), serviço utilizado para permitir que o cidadão denuncie atos de violência, foram repassadas aos participantes.
O serviço apresentou, em todo o país, crescimento de 199% nas denúncias realizadas de 2011 para 2012. De janeiro a novembro do ano passado, o Disque 100 realizou 234.893 atendimentos. Deste total, cerca de 156 mil (66%) foram denúncias contra violência. Segundo a defensora pública do DF e vice-presidente do Conselho Nacional da Pessoa Idosa, Paula Ribeiro, o Disque 100 é um método eficaz para o enfrentamento à violência em áreas urbanas do país. "O Disque 100 tem um potencial imenso e é, sim, um método eficiente para acabar com a violência", afirmou.
O Disque 100 foi criado em 1997. Com o passar dos anos, houve modificações em seu funcionamento para melhor atender à população brasileira. O serviço deixou de ser apenas um canal de denúncia e passou a articular, a partir de casos concretos, uma rede de retaguarda de serviços e parceiros em todo o país.
Leia mais:
STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes por conteúdos
Percentual de jovens que não estudam nem trabalham é o menor da série histórica, diz IBGE
Candidatos incluídos no Concurso Nacional Unificado devem enviar títulos até esta quinta-feira
The Town terá Green Day, Sex Pistols, Iggy Pop e Pitty em noite do rock em 2025
Em 2010, foram implantados módulos temáticos de atendimento: o do idoso é um deles. Desde que foi implantado, funciona como um instrumento de diagnóstico e apresenta dados específicos sobre a pessoa idosa. Neste módulo, de janeiro de 2011 a dezembro de 2012, foram registradas cerca de 31 mil denúncias de violência. Destas denúncias, 68,7% são de violação por negligência, 59,3% de violência psicológica, 40,1% de abuso financeiro/econômico e violência patrimonial e 34% de violência física. De janeiro a abril deste ano, já foram registradas 332 denúncias.