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Efeitos da greve no RJ

Dois coronéis reformados da PM podem ser expulsos

Agência Estado
15 fev 2012 às 20:31

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O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, assinou nesta quarta-feira (15) o processo de instauração do Conselho de Justificação para a expulsão de dois coronéis e de um major reformados da Polícia Militar (PM) por incitação ao movimento grevista. A PM submeteu outros 73 policiais da ativa ao Conselho de Disciplina por participação no movimento.

Estes são os primeiros passos para as expulsões na corporação. A paralisação foi deflagrada dia 9 e encerrada terça-feira por conta da baixa adesão. Manifestos em blogs e recados em redes sociais a favor da greve servirão como prova contra os oficiais da reserva. Todos possuem páginas eletrônicas na Internet.

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Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que eles podem ser expulsos da corporação, mesmo depois de reformados. O coronel Paulo Ricardo Paúl possui um blog na Internet de oposição ao governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) e contra a atual política de segurança pública. Já o coronel Adalberto de Souza Rabello possui páginas na rede em defesa do movimento da PEC 300. O major Hélio da Silva de Oliveira possui um blog intitulado Comunidade Fiel de Apoio ao Policial e fazia parte do comando de greve.

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Entre os 73 policiais militares submetidos ao Conselho de Disciplina, dois PMs respondem por estacionar a viatura na praia do Recreio dos Bandeirantes (zona oeste) para tomar banho de mar no primeiro dia da greve. Os demais foram acusados de incitar ou participar da paralisação. Por conta de um decreto do governador do Rio, o prazo para o julgamento no conselho diminuiu de 30 para 15 dias. O ato foi publicado em edição extraordinária do Diário Oficial no primeiro dia da paralisação. Depois do processo militar, o PM ainda pode recorrer na Justiça.

A greve foi deflagrada no dia 9, mas o Governo agiu rápido e conseguiu na Justiça a decretação da prisão do líder do movimento no Corpo de Bombeiros, o cabo Benevenuto Daciolo, e de 11 líderes da greve na PM. O número de indiciados nas duas corporações chega a 270. De acordo com o corregedor da PM, coronel Waldyr Soares Filho, todos respondem a Inquérito Policial Militar.


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