Durante entrevista ao influenciador bolsonarista Oswaldo Eustáquio neste domingo (15), o cantor Sérgio Reis chorou, defendeu Jair Bolsonaro e disse que nunca quis agredir ninguém e nem deseja fazer isso agora.
Ele voltou a convocar pessoas para a manifestação organizada por apoiadores do presidente, marcada para 7 de setembro.
Um áudio em que Reis afirmou que caminhoneiros parariam o país em setembro até que o Senado afastasse os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) de seus cargos disseminou-se durante o final de semana e foi repudiado por políticos de diferentes orientações ideológicas. Líderes dos caminhoneiros disseram que o cantor não os representa.
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Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, a mulher do cantor disse que ele está triste, depressivo e considera que foi mal interpretado.
A Eustáquio, Reis disse que Ângela Bavini, sua mulher, está muito nervosa e chorando muito. Ele também chora no momento em que conta que ela o ajudou muito com projetos quando era deputado federal, em sua tentativa de, segundo ele, retribuir o carinho que sempre recebeu do povo.
"Vocês, as 15 mil pessoas que estão assistindo, estão sabendo o que estamos fazendo. Não pedi que acabasse com nada. Pedi que esses impeachments fossem estudados. Vamos fazer. Se o povo não for para as ruas no dia 7 de setembro, Brasília não vai fechar, então não vai adiantar nada. O Exército não pode fazer nada, o presidente não pode fazer nada, e nós não podemos fazer nada. Nós estamos fazendo a nossa parte", diz Reis ao entrevistador.
Eustáquio diz à reportagem que ele chorou de alegria por defender a pátria.
No áudio que ganhou as redes no fim de semana, Reis afirma: "Se em 30 dias não tirarem os caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria."
Na entrevista, Reis defende Bolsonaro e diz que ele representa a vontade popular.
"Falam que o Bolsonaro é grosso. Ele fala o que o povo quer falar. O povo não tem como chegar lá e falar. Se fala, às vezes mandam prender. Eu nunca agredi ninguém e não quero também. Mas vou pedir que a família vá para a rua", defende Reis.
Ele diz que conversou "francamente" com Bolsonaro e que o achou "muito abatido, muito doente".
Reis afirmou que almoçou com o presidente em Brasília após ter recebido representantes indígenas. "Forcei o Bolsonaro, digamos assim, trouxe toda a realidade do garimpo para ele, e o Bolsonaro agora quer que o índio trabalhe, ganhe seu dinheiro, que não seja jogado para o terceiro lugar", disse Reis na entrevista.
Na quinta-feira (12), Bolsonaro recebeu um grupo de indígenas apoiadores do governo federal e fez um discurso em que defendeu a exploração das terras reservadas aos povos tradicionais.