Foi enterrado na sexta-feira (22) em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte, o corpo da estudante Fabíola Santos Correia, de 12 anos, que foi assassinada e teve o coração arrancado por duas amigas de infância, de 13 anos de idade. O corpo estava há duas semanas no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte para ter a identidade confirmada, já que foi encontrado em avançado estado de decomposição.
Fabíola estava desaparecida desde 27 de maio, quando saiu de casa com as duas amigas, e seu corpo foi encontrado no último dia 7, em uma área erma conhecida como Mata do Japonês. Além de ter o coração arrancado, a jovem, que foi morta com golpes de faca e de uma barra de ferro, ainda teve a garganta cortada, o rosto desfigurado e um dedo do pé arrancado pelas adolescentes.
Na quinta-feira (21), as duas acusadas foram ouvidas pela juíza Andrea Faria Mendes, do Juizado da Infância e da Juventude, e pelo Ministério Público no fórum de Igarapé, também na região metropolitana da capital. O teor dos depoimentos não foi revelado, já que o caso corre em segredo de Justiça.
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No entanto, as duas já haviam confessado o crime ao delegado Enrique Solla, da Polícia Civil mineira, que contou que as adolescentes não mostraram arrependimento e chegaram a rir em vários momentos da oitiva. As adolescentes, que mantinham relacionamento com suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas no município, alegaram que havia planejado dar "um susto" em Fabíola por medo de que ela contasse a rotina da gangue para uma quadrilha rival.
Elas alegaram que arrancaram o coração e o dedo da amiga para mostrar às mães, a quem pretendiam alegar que haviam sido ameaçadas e mataram um traficante. As partes do corpo chegaram a se enterradas pelo irmão de uma delas, de 8 anos, e depois foram jogadas em um rio. As duas menores estão apreendidas em uma unidade de reabilitação de Belo Horizonte.