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Governo endureceu

ES: mais de 700 PMs são indiciados por crime de revolta, com pena de até 20 anos

Agência Estado
10 fev 2017 às 12:49

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Após o fracasso nas negociações com policiais militares do Espírito Santo, o governo capixaba decidiu endurecer com os PMs e com as mulheres líderes do motim. No total, 703 policiais militares já foram indiciados por crime de revolta, que é um motim realizado por PMs armados.

A pena prevista para os policiais envolvidos pode chegar a 20 anos de prisão. As mulheres líderes do movimento também serão responsabilizadas pelos custos com a mobilização das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança.

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"Está iniciado o processo de responsabilização, tanto no aspecto militar quanto criminal", declarou André Garcia, secretário estadual de Segurança Pública do Espírito Santo, durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (10). Ele estava acompanhado dos comandantes da Polícia Militar, coronel Nylton Rodrigues, da Polícia Civil, Guilherme Daré, e de outras autoridades.

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Rodrigues disse que "com certeza" o número de PMs indiciados "irá aumentar muito" ao longo do dia. Ele ressaltou que a maioria dos envolvidos são policiais de início de carreira. A patente mais alta já identificada é de subtenente. O coronel explicou ainda que todo crime que envolve policial militar e que é punido com mais de dois anos de prisão é automaticamente expulso da corporação.

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"Criamos uma força tarefa na corregedoria para dar celeridade, com isenção e sem perseguição, nos procedimentos", declarou André Garcia. "Quem for indiciado daqui pra frente, ou for iniciado um processo administrativo, terá seu ponto cortado desde sábado. Do sábado pra frente, a folha da Polícia Militar está bloqueada". Os PMs também não terão férias no momento. "Estão suspensas as férias porque estamos diante de um quadro configurado como crime, motim."


O secretário falou em reconstruir a PM. "É preciso que a gente reconstrua uma nova Polícia Militar. Vai ser pedra sobre pedra. Vamos reconstruir uma polícia que não volte suas costas para a sociedade", afirmou André Garcia, secretário estadual de Segurança Pública do Espírito Santo. "Torna a sociedade refém da criminalidade, tendo como pano de fundo interesses meramente corporativos"

André Garcia também afirmou que as mulheres líderes do movimento serão responsabilizadas. "Estamos identificando com imagens, e diversas já foram identificadas. As imagens serão encaminhadas para o Ministério Público Federal, que solicitou a identificação das responsáveis por esse movimento. Elas serão responsabilizadas pelos custos das Forças federais mobilizadas, as Forças Armadas e a Força Nacional de Segurança."


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