O ex-gerente da Petrobras Roberto Gonçalves foi condenado a 15 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A sentença foi publicada hoje (25) pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, em processo da Operação Lava Jato.
Moro afirma que Gonçalves recebeu R$ 12,8 milhões da Odebrecht e da UTC em contratos para obras no Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj). O crime ocorreu, segundo a sentença, na época em que o condenado atuou como gerente de engenharia da petrolífera depois que Pedro Barusco deixou o cargo. Barusco, que também foi preso e condenado na Operação Lava Jato, teria "passado o bastão da propina" a Gonçalves, segundo a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF).
A sentença destaca o fato de que Gonçalves admitiu em seu depoimento ter recebido propina das empreiteiras citadas na denúncia. Na época, um dos representantes do MPF perguntou a ele: "Então, se eu estou entendendo, o senhor confessa que recebeu esses valores tanto da Odebrecht quanto da UTC?". O ex-gerente respondeu: "Ao mesmo tempo que eu confesso que não fiz qualquer ato ou omissão para isso".
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Roberto Gonçalves está proibido pela sentença de ocupar cargos no setor público por 30 anos. Ele também deverá pagar uma multa de cerca de R$ 1,24 milhão estipulada por Moro na soma dos três crimes praticados.
O ex-gerente da Petrobras está preso desde março no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.