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Após morte de PMs

Exército pode ser chamado para ocupar o complexo do Alemão

Agência Estado
10 mar 2014 às 18:26

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Diante do recrudescimento da violência do tráfico nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, o secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, disse que não descarta a possibilidade de pedir ajuda ao Exército para reocupar o território. A Força de Pacificação do Exército permaneceu nos dois conjuntos de favelas até meados de 2012, quando foram inauguradas oito Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) na região.

Considerado o quartel-general do Comando Vermelho, os complexos do Alemão e da Penha foram invadidos pelas forças de segurança em novembro de 2010, após uma onda de ataques a ônibus e postos policiais que levou pânico à cidade. Nesta segunda-feira, 10, uma operação da Polícia Civil prendeu oito suspeitos de participação nos ataques à UPP Nova Brasília e à 45ª Delegacia de Polícia (em janeiro) e ao policial Rodrigo Paes Leme, de 33 anos, que foi morto na semana passada.

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Operação no Alemão

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O objetivo da incursão desta segunda-feira era cumprir 14 mandados de prisão temporária contra suspeitos dos atentados à UPP Nova Brasília e à 45ª DP (ocorridos entre a noite de 28 de janeiro e a madrugada seguinte) e do ataque que resultou na morte do soldado Paes Leme (na última quinta-feira, 6). Desde o início do programa de pacificação, em dezembro de 2008, dez PMs foram mortos em serviço em favelas com UPPs.

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A incursão, que contou com 250 policiais civis, foi desencadeada para prender investigados em dois inquéritos.


O primeiro é conduzido pela 45ª DP, que apura os ataques à própria delegacia e à UPP. Nesta investigação, foram nove ordens de prisão. Todos os detidos na operação desta segunda-feira são investigados neste inquérito. Eles são acusados dos crimes de tráfico e associação para o tráfico.

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Os outros cinco mandados de prisão são oriundos do inquérito da Divisão de Homicídios (DH) que apura a morte do soldado da UPP Nova Brasília Rodrigo Paes Leme, da UPP Nova Brasília.


Entre os presos, está o segurança de uma estação do teleférico do Complexo do Alemão. Morador da comunidade, Marcondes Gomes de Oliveira era funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviço à SuperVia, concessionária que opera o teleférico. Ele seria "olheiro" do tráfico, isto é, repassava aos criminosos informações sobre a movimentação da polícia na favela.

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"A operação desta segunda-feira é desdobramento da realizada no dia 12 de fevereiro, quando prendemos 16 pessoas nos complexos do Alemão e da Penha suspeitas de envolvimento nos ataques. A investigação vai continuar e em breve serão realizadas novas incursões para prendermos traficantes", afirmou o delegado Felipe Curi, da 45ª DP.


Mortes de PMs


O delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios, declarou que o autor dos disparos que mataram o soldado Rodrigo Paes Leme na Favela Nova Brasília já foi identificado. Igor Cristiano Santos de Freitas, o Salgadinho, de 26 anos, não foi localizado nesta segunda-feira e é considerado foragido.

Barbosa disse ainda que o assassinato da soldado Alda Rafael Castilho, de 26 anos, lotada na UPP Parque Proletário, no Complexo da Penha, também já foi elucidado. O crime ocorreu no dia 2 de fevereiro. "Os três envolvidos neste crime já estão identificados e com a prisão decretada. São dois adultos e um menor. Vamos continuar as operações para prendê-los".


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