Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Em palestra

Exército vê 'retrocesso' em eventual intervenção

Agência Estado
24 jan 2018 às 11:04

Compartilhar notícia

- Fotos Públicas
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O comandante do Exército brasileiro, general Eduardo Villas Boas, afirmou nesta terça-feira, 23, que seria um retrocesso se houvesse uma intervenção militar no governo federal. Destacou, porém, que o apoio popular a essa ideia demonstra que há problemas no Brasil. Em palestra em seminário no Rio, o general disse que 43% da população apoiaria uma ação desse tipo por parte dos militares, segundo pesquisas de opinião. Não explicou, porém, a quais sondagens se referia.

"Isso é um termômetro da gravidade do problema que estamos vivendo no País. Uma intervenção militar seria um enorme retrocesso hoje, mas interpreto aí alguma identificação da sociedade com os valores que as Forças Armadas expressam", afirmou Villas Boas. O militar deu palestra no seminário Brasil: imperativo renascer, promovido pela Insight Comunicação em auditório do Tribunal de Justiça do Rio.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Sem citar as eleições deste ano, o comandante do Exército disse também que aqueles valores que, segundo ele, as Forças Armadas expressam estão se perdendo. Para o militar, a sociedade brasileira corre o risco de fragmentação. "Se não uma fragmentação territorial, já está a caminho uma fragmentação social", disse.

Leia mais:

Imagem de destaque
Foco em amenizar o problema

Cidades brasileiras precisam se adaptar às mudanças climáticas

Imagem de destaque
E tem rede social!

Sete meses após resgate no RS, cavalo Caramelo é adotado por universidade

Imagem de destaque
Saiba mais

Uber diz no STF que liberdade é incompatível com vínculo pela CLT

Imagem de destaque
Mais procurados

Olimpíadas e chuvas no Sul dominaram as buscas do Google em 2024


O general associou a "fragmentação social" à incorporação pela sociedade brasileira, de forma "passiva", do que chamou de "ideologias". "Incorporamos tanto ideologias políticas quanto ideologias sociais que estão nos desfigurando como Nação e alterando nossa identidade", afirmou. Segundo Villas Boas, no Brasil de hoje, "todos os problemas se tornam ideologia". E, quando o foco fica nas ideologias, os resultados e a busca de soluções ficam de lado, afirmou.

Publicidade


Assim, nas palavras do general, quanto mais "ambientalismo", mais problemas ambientais; quanto mais "indigenismo", mais os "coitados dos nossos índios" ficam abandonados; quanto mais "luta contra o preconceito racial", mais "racialismo"; quanto mais "se discutem as questões de gênero, mais preconceito nessa área se verifica". "Por incrível que pareça, até mesmo, está surgindo, no nosso País, intolerância religiosa", disse Villas Boas.


Para o comandante do Exército, por trás "disso tudo" está a falta de "disciplina social" na sociedade brasileira. E a "falta de limites", segundo Villas Boas. Ela seria relacionada, em sua opinião, a "carências da educação" e à perda da "presunção da autoridade", não só dos agentes públicos, mas até mesmo dos professores em sala de aula. "Essa falta de limites está fazendo com que a nossa sociedade vá se desagregando paulatinamente", afirmou Villas Boas.

Publicidade


Diferenças


Villas Boas já citou a possibilidade de intervenção militar em pronunciamentos anteriores. Em dezembro de 2016, em entrevista a Eliane Cantanhêde no jornal O Estado de S. Paulo, o militar chamou de "tresloucados" e "malucos" os defensores de um golpe dos militares. Segundo ele, essas pessoas procuravam o Exército para pedir que interviesse. De acordo com o comandante, isso teria "chance zero" de acontecer. "Essas coisas são como uma panela de pressão. Às vezes, basta um tresloucado desses tomar uma atitude insana para desencadear uma reação em cadeia", afirmou.

Na ocasião, Villas Boas também lembrou que há temas mais prosaicos do que a crise política, mas com igual potencial de inflamar o público militar, como os soldos e a Previdência. Em sua conta no Twitter, o comandante do Exército defendeu, no sábado passado, as declarações feitas ao Estado pelo comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, que, em entrevista, defendeu a volta do auxílio-moradia para militares.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo