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Não pagou ICMS

Fundador da rede Ricardo Eletro é detido em SP por sonegação fiscal

Ivan Martínez-Vargas/Folhapress com Redação Bonde
08 jul 2020 às 11:44
- Reprodução/Instagram
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O empresário Ricardo Nunes, fundador e ex-controlador da Máquina de Vendas, dona da rede Ricardo Eletro, teve sua prisão realizada na manhã desta quinta-feira (8) em São Paulo em uma operação que investiga sonegação fiscal de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em Minas Gerais.

Apelidada de "Direto com o Dono", a operação prendeu também Laura Nunes, filha do empresário, em Belo Horizonte.
Pedro Magalhães, ex-diretor da Ricardo Eletro, teve mandado de prisão decretado, mas não foi localizado em sua casa, em Santo André, e é considerado foragido, segundo pessoas familiarizadas com o a ação.

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A força-tarefa investiga a sonegação de ICMS de R$ 387 milhões ao longo de cinco anos, entre 2014 e 2019, por empresas controladas nesse período por Ricardo Nunes. A operação foi comandada pelo Ministério Público de Minas Gerais, pela Secretaria da Fazenda mineira e pela polícia civil do estado.

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A Ricardo Eletro, hoje em recuperação extra judicial, e outras companhias ligadas a Nunes, segundo investigadores, recolhiam o ICMS embutido no preço dos produtos, mas não repassava ao Estado.

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A Justiça de Minas Gerais determinou também o sequestro de imóveis de Ricardo Nunes avaliados em aproximadamente R$ 60 milhões, para pagamento da dívida tributária.


Ao todo, a força tarefa cumpriu quatorze mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Contagem (MG), Nova Lima (MG), São Paulo e Santo André.

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Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, a investigação ganhou força após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), de novembro de 2019, "que definiu como crime a apropriação de ICMS cobrado de consumidores em geral e não repassados ao Estado".


Procurada, a Ricardo Eletro, hoje controlada pelo fundo Starboard, afirma que Nunes e seus familiares deixou de ser acionista da Máquina de Vendas no ano passado.

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"A Ricardo Eletro pertence a um fundo de investimento em participação, que vem trabalhando para superar as crises financeiras que assolam a companhia desde 2017, sendo inclusive objeto de recuperação extrajudicial devidamente homologada perante a Justiça, em 2019", diz a empresa em nota.


Segundo a Ricardo Eletro, a operação desta quinta "faz parte de processos anteriores a gestão atual da companhia e dizem respeito a supostos atos praticados por Ricardo Nunes e familiares" que não teriam ligação com a companhia.


"Em relação à dívida com o Estado de MG, a Ricardo Eletro reconhece parcialmente as dívidas e, antes da pandemia, estava em discussão avançada com o Estado para pagamento dos tributos passados", afima a empresa.

A reportagem não conseguiu localizar as defesas do empresário Ricardo Nunes, de sua filha Laura Nunes e do executivo Pedro Magalhães.


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