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Marketing dos criminosos

Funkeiros são presos por apologia ao tráfico

Agência Estado
15 dez 2010 às 20:33

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Símbolos que exercem grande influência cultural nas favelas do Rio de Janeiro, os chamados MCs, cantores de funk, também estão entre os presos após a ocupação do Complexo do Alemão. Hoje, a polícia prendeu quatro cantores acusados de fazer apologia ao tráfico de drogas e de ter envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho, expulsa da favela pela ocupação policial.

Entre os presos estão Wallace Ferreira da Mota, o MC Smith, Frank Batista Ramos, o MC Frank, Fabrício Baptista Ramos, o MC Ticão, Max Muller da Paizão Pessanha, o MC Max. Um outro cantor, Anderson Romoaldo Paulino da Silva, o MC Dido, está foragido. Eles tiveram prisão decretada por 30 dias.

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Segundo a polícia, o grupo usava o funk para incitar a violência e fazer o "marketing" do tráfico. "Eles são MCs do tráfico. Têm participação direta fazendo marketing dos criminosos e manipulam as letras das músicas para agradar aos traficantes. Eles levam mensagens de ridicularização ao trabalho da polícia para a juventude idolatrar os traficantes", disse a delegada responsável pelas investigações, Helen Sardenberg, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI).

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Parte das investigações foi baseada em vídeos que frequentadores e os próprios funkeiros colocaram na internet. Em um deles, postado no último dia 30, após a ocupação do conjunto de favelas do Alemão, as referências ao tráfico eram explícitas. Com o nome "O bonde do Complexo está na Rocinha", os MCs Ticão e Frank citavam traficantes como Fabiano Atanázio, o FB, chefe do tráfico no local, e Luciano Martiniano da Silva, o Pezão. Em outro momento, a dupla pedia para a plateia fazer a "sigla" com as mãos e o público respondia fazendo as letras C e V com as mãos.


De acordo com a delegada, que monitorou o grupo por um ano, eles responderão pelos crimes de formação de quadrilha, associação ao tráfico de drogas, incitação ao crime e apologia. Os presos negaram as acusações.


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