O general Otávio Santana do Rego Barros disse nesta quarta-feira (30) que 1.200 soldados vão atuar dentro do Riocentro para garantir a segurança dos 102 chefes de Estado ou de governo já confirmados para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada de 13 a 22 de junho.
O acesso ao Pavilhão 5, que será palco da plenária principal da ONU, não foi permitido a jornalistas, por "razões de segurança", durante visita às obras no Riocentro nesta quarta-feira. Além dos 1.200 militares, o centro de convenções receberá cerca de 500 agentes da Polícia Federal, 100 oficiais de segurança das Nações Unidas e 300 policiais, bombeiros e guardas municipais. No dia 5, o Riocentro deverá ser entregue à ONU. O ministro Laudemar Aguiar, responsável pelo Comitê Nacional de Organização (CNO) da Rio+20, disse que as obras estão "absolutamente dentro do cronograma". Operários ainda trabalhavam na montagem de estruturas nesta quarta-feira.
Segundo Aguiar, o Riocentro poderá abrigar até 38 mil pessoas por dia durante a conferência. Apenas credenciados poderão entrar. "A área do Riocentro é quase duas vezes maior do que foi na Rio-92", declarou o ministro, destacando iniciativas de acessibilidade e o uso de copos biodegradáveis, geradores a biodiesel, madeira certificada, coleta seletiva e "o mínimo de papel" durante a conferência. Além do centro de convenções, haverá uma série de eventos paralelos em outros espaços da cidade.
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Kathleen Abdalla, da Divisão de Desenvolvimento Sustentável do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA) das Nações Unidas, reconheceu que muitos objetivos traçados há 20 anos, na Rio-92, não foram atingidos. "A Rio+20 será uma oportunidade para ver o que funcionou e o que não funcionou". Segundo ela, a ONU está buscando recursos para financiar a participação de países menos desenvolvidos na Rio+20.
Indicado pelo Ministério da Defesa para coordenar a segurança do Riocentro, o general Barros é comandante da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Juiz de Fora. Ele comandou a Força de Pacificação no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, de novembro de 2011 até fevereiro deste ano. Barros também comandou por sete meses o batalhão da tropa brasileira no Haiti após o terremoto de 2010. O espaço aéreo sobre o Riocentro ficará fechado. "Todas as medidas de segurança já estão sendo tomadas e serão reforçadas cada vez mais". Em toda a cidade, cerca de 15 mil homens deverão participar do esquema de segurança durante a Rio+20.