A Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania do governo estadual enviou nesta terça-feira (9) um ofício ao jornal Folha de S.Paulo oferecendo a possibilidade de o jornalista André Caramante, alvo de ameaças nas últimas semanas, ingressar no Programa Estadual de Proteção à Testemunha (Provita).
Segundo o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, o governo também determinou a instalação de um inquérito policial militar para apurar as ameaças, assim como cobrou a atuação da Corregedoria da PM no caso.
As ameaças ao jornalista começaram em julho, após a publicação de uma matéria de sua autoria com o título "Ex-chefe da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) vira político e prega a violência no Facebook". A matéria relatava como os suspeitos de terem cometido crimes eram tratados de forma desrespeitosa na página pessoal do ex-comandante da Rota, Paulo Adriano Telhada, eleito vereador pelo PSDB.
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Em resposta, o coronel acusou Caramante de ser "notório defensor de bandidos" e incentivou seus seguidores a encaminharem ao jornal manifestações de protesto contra o repórter.
Desde então, as ameaças não pararam. No começo de setembro, a situação ficou ainda mais grave quando a família do jornalista passou a ser ameaçada.
Na semana passada, o site da Revista Imprensa publicou que o repórter tinha deixado o País, informação que vinha sendo mantida em sigilo. O jornalista continua trabalhando, mesmo fora do dia a dia da redação. Procurado pelo Estado, Caramante preferiu não se manifestar.